Não deu para repetir o atropelamento da véspera, quando a Venezuela mal viu a cor da bola. Mas foi uma despedida com sabor de vitória. No último amistoso disputado no país antes do embarque para uma turnê que só vai terminar no Mundial, o Brasil não chegou a brilhar como no sábado e viveu altos e baixos na quadra, mas bateu Angola por 89 a 59. Sem Tiago Splitter, poupado, e diante de um adversário mais forte, restou à equipe de Rubén Magnano cozinhar o jogo e garantir a conquista do torneio Super 4 em Brasília.
Após as partidas do fim de semana no ginásio Nilson Nelson, a delegação embarca na segunda-feira para Nova York, onde enfrenta China e Porto Rico. As escalas seguintes serão na Espanha e na França, para depois chegar à Turquia, palco do Mundial a partir de 28 de agosto.
Com o ataque bastante dividido, o Brasil teve como cestinha o ala Leandrinho, que tinha jogado mal no sábado e demorou para soltar seu jogo no domingo. Ele fez 15 pontos, seguido pelos 13 de Marcelinho Machado e os 11 de Marquinhos e Anderson Varejão. Este último ainda pegou oito rebotes, roubou três bolas e deu dois tocos. Saiu ovacionado pela torcida. O capitão Huertas não pontuou, mas novamente comandou o time no ataque com nove assistências.
Os angolanos contaram com 19 pontos de Morais, o único do time a passar dos 10. A equipe africana teve um bom momento no terceiro quarto, quando abriu com 7 a 0, mas não chegou a ameaçar a vitória brasileira.
Além de Nenê, que se recupera de lesões nos dois tendões de Aquiles, a seleção também jogou sem Splitter, que sofreu uma pequena contratura na coxa esquerda no sábado. Com os dois reforçando o "time da camisa polo", ficou equilibrado: eram 11 jogadores de uniforme azul e outros 11 de branco à beira da quadra, incluindo a comissão técnica.
Magnano usou um quinteto titular com Huertas, Leandrinho, Marquinhos, Guilherme e Varejão. A formação mais leve não significou menos força. Ao contrário. Nos primeiros cinco minutos, a equipe emplacou uma impressionante blitz defensiva e abriu 12 a 0. A prova da intensidade é que, só neste espaço de tempo, Varejão foi ao chão cinco vezes brigando pela bola.
Aos poucos, a equipe africana conseguiu furar o bloqueio e cortou pela metade a vantagem no placar. A exemplo do sábado, o técnico argentino deu início às substituições a dois minutos do fim do quarto inicial. Alex, Murilo, Marcelinho e Nezinho deram descanso a Leandrinho, Varejão, Marquinhos e Huertas. Foi justamente Huertas, enquanto esteve em quadra, que botou velocidade nos contra-ataques para a seleção se recuperar. Com uma cesta de Alex no estouro do cronômetro, o quarto terminou em 26 a 16.
Mesmo com um público pequeno, no ginásio, o duelo das torcidas chamava a atenção. A de Angola, formada por cerca de 30 pessoas que moram em Brasília há mais de uma década, mostrou que já está em casa: sobrou xingamento até para o juiz. A do Brasil, em número bem maior, tentava abafar os rivais barulhentos. E levou a melhor ao longo do segundo quarto, quando o time voltou a abrir vantagem. Na saída para o intervalo, o placar mostrava 52 a 36.
O Brasil voltou sonolento do vestiário e ficou quase quatro minutos sem pontuar. Os angolanos aproveitaram para fazer 7 a 0 e cortar a vantagem. Leandrinho, assim como na véspera, continuava longe do seu melhor jogo. Magnano, contudo, manteve Huertas em quadra e, aos poucos, a reação angolana perdeu força: 67 a 52.
O último quarto serviu apenas para cozinhar a vantagem e promover a despedida com os torcedores locais. A cinco minutos do fim, o técnico argentino tirou Varejão, que saiu muito aplaudido. Com a vitória garantida, é hora de já pensar no avião. A viagem para Nova York na segunda-feira é o início de uma turnê de amistosos com destino certo: a Turquia.
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