Cansados de observar repetidos atos de racismo contra jogadores brasileiros no exterior, o governo federal decidiu elevar o tom e levar o caso à Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta semana, a diplomacia do país se alia à África do Sul e apresentará uma proposta de resolução condenando atos de discriminação. A decisão do Brasil de tratar do caso politicamente é inédita na ONU e já conta com o apoio de todos os países africanos.
O problema não se refere apenas às ofensas de torcedores contra jogadores, mas também a insultos dentro do próprio campo ou entre atletas da mesma equipe no vestiário.
De acordo com analistas da Fifa, o fenômeno é um espelho de uma crise social que vem se agravando na Europa. Agora, o Brasil e a África do Sul querem a aprovação de uma resolução que condene politicamente o racismo no esporte e peça medidas para lidar com o problema. Na ONU, o tema será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos, que inicia seus trabalhos na segunda-feira.