Depois de garantir a vaga no Mundial Sub-17 ao ficar na liderança do Grupo A na primeira fase do Sul-Americano da categoria, a seleção brasileira busca neste sábado, às 22h10 (de Brasília), na final contra a Argentina, fechar sua participação com chave de ouro. No entanto, os comandados do técnico Lucho Nizzo têm duas tarefas complicadas na decisão em Iquique, no Chile. A primeira é encarar o eterno arquirrival. A segunda é driblar a ansiedade.
Devido ao regulamento da edição deste ano, no qual os dois primeiros colocados de cada grupo garantiam a classificação direta para o Mundial (Brasil e Argentina) e definindo o título em um jogo único entre si, houve um hiato de dez dias até a grande decisão para que as equipes que finalizaram em segundo e terceiro lugar na primeira fase jogassem um quadrangular final para definir as vagas restantes ao torneio da Fifa, em outubro, na Nigéria (Bolívia e Uruguai lideram e a definição será também neste sábado).
"Essa fórmula de disputa foi muito complicada. Ficar mais de uma semana sem jogos é difícil. Tivemos que trabalhar muito a cabeça da meninada para controlar a ansiedade. Levei os garotos para passeios no circo aqui da cidade para descontrair o ambiente e aliviar a tensão", revelou Nizzo, por telefone.
Rivalidade Brasil-Argentina nos treinamentos
Apesar do tempo parado, o treinador garantiu que o time canarinho, que busca o terceiro título consecutivo do Sul-Americano (e o nono na história do torneio que é disputado desde 1985), está focado e pronto para o duelo contra a Argentina.
Segundo Nizzo, a rixa que existe entre as duas seleções nos profissionais também contagia as categorias de base. E, nos últimos dias, aumentou em decorrência do Sul-Americano ser disputado em uma sede única, com as delegações tendo que dividir os campos nos treinamentos.
"É natural existir essa rivalidade, afinal, eles foram criados assistindo jogos entre Brasil e Argentina e são, obviamente, apaixonados por futebol. Além disso, tivemos alguns problemas com a delegação argentina que, no início da semana, queria que saíssemos do campo de treinamentos para que eles começassem o trabalho deles. Os meninos não gostaram nada e ficaram indignados", contou o treinador, ressaltando que conseguiu contornar a situação.
Romário argentino
Sobre o adversário em si, Nizzo elogiou a força defensiva dos hermanos, mas acredita na categoria tupiniquim.
"Eles têm uma equipe muito forte na marcação. Jogam em um 4-3-3, mas com dois volantes de muita pegada no meio. Na frente, os dois atacantes são muito rápidos e perigosos. O camisa 9 (nota: Villalva, que defende o River Plate) lembra um pouco até o Romário. Mas nós estamos preparados. Temos um time técnico que vai entrar com tudo. Disse para eles que em uma final é hora de dar aquele algo mais, de se superar", salientou o técnico brasileiro.
Em relação ao time que levará a campo, Nizzo deve ter apenas um desfalque: o volante Elivelton, que ainda se recupera de uma entorse no tornozelo.
"O local está muito inchado e acho que dificilmente ele terá condições de atuar. Por outro lado, o Wellinton está recuperado de um edema na coxa e deve voltar", observou.
O Brasil deverá ser escalado com a seguinte formação: Luís Guilherme (Botafogo); Romário (Vitória), Gérson (Grêmio), Maurício (São Paulo) e Dodô (Corinthians); Fernando (Grêmio), Carlão (São Paulo), Zezinho (Juventude) e Wellington (Fluminense); João Pedro (Atlético/MG) e Philippe Coutinho (Vasco).
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