O amistoso entre Brasil e Inglaterra marcava a inauguração do novo Maracanã. Remodelado, seguindo o alto padrão do caderno de encargos da Fifa, formato "arena", um estádio completamente diferente do antigo "maior do mundo". O que não mudou, em nada, foi o futebol da seleção brasileira.
Ainda irregular, o Brasil empatou por 2 a 2 com a Inglaterra, ontem à tarde. Escapou de uma frustração tremenda, pois perdia o clássico por 2 a 1, já aos 36 minutos da etapa final. Foi quando Paulinho chutou de primeira arremate digno dos tempos áureos do velho Maraca e enxotou o vexame na badalada reabertura para 66 mil torcedores.
Alívio apenas imediato. Afinal, desde a troca do comando técnico do escrete canarinho, de Mano Menezes por Felipão, a equipe não consegue exibir um desempenho que, ao menos, dê esperanças ao torcedor de um futuro melhor.
Em seis partidas com o pentacampeão na casamata brasileira, foram quatro empates, com Itália, Rússia e Chile, além do resultado de ontem. Derrota para a mesma Inglaterra (2 a 1). E triunfo somente contra a fragilíssima Bolívia (4 a 0).
De quebra, permanece o incômodo tabu de não bater seleções campeãs do mundo. Agora são sete encontros, cinco derrotas e dois empates, ante Argentina (duas vezes), França, Inglaterra (duas vezes), Alemanha e Itália. Não entra na conta a vitória no Superclássico das Américas com os hermanos, disputado por formações alternativas.
"Nós estamos amadurecendo. A gente vê que está chegando o nosso momento, mas ainda faltam alguns detalhes. Temos de ser um time forte também para não tomar gols. Pois se não tomarmos, vamos fazer", afirma o volante Hernanes, que entrou no segundo tempo e mandou no travessão a bola que Fred aproveitou para estrear a rede do Maracanã.
O 1 a 0 no placar na data histórica e a empolgação na arquibancada eram até então o cenário perfeito. Mas, a partir daí, surgiu o lado feio da seleção, contraponto à exibição bonita dos 45 minutos iniciais. Em dois arremates de fora da área, de Oxlade-Chambelain e Rooney, os visitantes viraram o marcador para 2 a 1.
Descompasso preocupante a 15 dias do início da Copa das Confederações e a pouco mais de um ano para o Mundial. Uma seleção jovem, indefinida, com o peso da responsabilidade de representar o seu país jogando em casa.
"No primeiro tempo, tivemos uma colocação em campo excelente. No segundo, uma colocação que não quero e não gosto, muito aberta. Eu estou buscando o equilíbrio do meio de campo. Calma, tenho de testar os jogadores", comenta Scolari.
Novatos
O técnico Luiz Felipe Scolari não está preocupado com a falta de cancha de alguns jogadores com a camisa da seleção brasileira. Ele garante que até a Copa do Mundo o Brasil passará por jogos complicados, que serão fundamentais para os mais jovens suportarem a pressão, a começar pelo amistoso de ontem e o de domingo contra a França, em Porto Alegre.
"Temos ainda alguns adversários fortes pela frente para os jogadores adquirirem personalidade, passarem por situações novas e perceberam a dificuldade", afirmou Felipão.
O principal exemplo do treinador é o meia Bernard, que fez o segundo jogo dele com a camisa verde e amarela e admitiu ter sentido o peso. "Ele falou que o ritmo é diferente. Mas entrou bem, mesmo sem experiência nenhuma", completou.
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