Depois de 1h36 de partida e ver o título passar para as mãos dos franceses pela segunda vez em solo brasileiro, o abatimento foi visível no semblante e no discurso de jogadores e do técnico da seleção brasileira de vôlei, ao deixar a quadra na Arena da Baixada, na madrugada deste domingo (9). Derrota para a França por 3 sets a 2 (25/21, 15/25, 23/25, 25/19 e 13/15), diante de 23.149 pagantes.
Final em Curitiba acirra rivalidade entre seleções de Brasil e França no vôlei
Leia a matéria completaLEIA MAIS: Em final eletrizante, Brasil perde para França na Liga Mundial
“Fica a frustração, a gente tem a expectativa de ganhar sempre. Por isso que é sempre triste, frustrante perder, ainda mais uma final. Lógico que ao vencer em casa [na Olimpíada do ano passado] a gente sente o gosto e é bom. Hoje toda a torcida apoiou”, desabafou o capitão do time, o levantador Bruninho.
O atleta destacou que faltou o Brasil jogar mais que a França, mas isso não significa demérito para o time da casa e sim mérito de um time em ascensão. “Foi um jogo jogado, dois pontos de diferença , a gente continua sendo o o numero um do ranking. A França é uma geração muito talentosa, jogam juntos desde a base. Mas não chegaram nas Olimpíadas, no Mundial. Temos de exaltar o que eles fizeram, mas também não podemos criar um monstro”, disse Bruninho.
Nem mesmo ser eleito para a seleção da competição foi capaz de botar um sorriso no rosto do oposto Wallace. Não é para menos. Um dos destaques da Olimpíada do Rio, ainda não venceu a Liga Mundial e é a segunda vez que desperdiça a chance de comemorar junto com a torcida brasileira.
“É complicado falar após jogo de uma derrota. Foi um jogo de alto nível. A gente esperava um público desse e não esperava decepcioná-los. É complicado ficar remoendo, mas às vezes tem de doer um pouco. É a segunda vez que tem a oportunidade de jogar em casa e não vencer, tem de repensar o que poderia fazer melhor”, declarou Wallace, com a voz embargada.
A primeira vez que Wallace e a seleção teve a oportunidade de ficar com o título foi em 2015, quando a final da Liga Mundial foi disputada no Rio de Janeiro. Mas a seleção teve uma eliminação ainda na primeira fase. E a França, não bastasse ter sido campeã naquele ano, teve envolvimento crucial na eliminação dos anfitriões: na fase de grupos, venceram o Brasil por 3 sets a 1 e perderam para os Estados Unidos pelo mesmo placar. O time então comandado por Bernadinho bateu os norte-americanos também por 3 a 1. Com tudo empatado, o Brasil ficou de fora por ter menor média entre os pontos ganhos e cedidos.
A última vez que os brasileiros ficaram com o topo do pódio foi em 2010. E a última vez como anfitrião, em 1993, jogando em São Paulo. O técnico brasileiro, Renan Dal Zotto, em sua primeira disputa de título também não escondeu a tristeza com a derrota. “Consome demais. Mas, ao mesmo tempo, alimenta para mostrar que o caminho é longo. O grupo correspondeu, não só hoje, mas no dia a dia. Foi um jogo equilibrado em que uma bola caiu numa zona que não tinha ninguém e virou o tie-breake [referindo-se ao ponto em que a França virou o set decisivo], mas é assim”, resumiu.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Deixe sua opinião