Entrevista
"Fui chamada de velha"
Teliana Pereira, tenista
Teliana, você segue como terceira colocada do ranking nacional de tênis. E ficou de fora da convocação para a Fed Cup. Foi por opção do técnico Eduardo Frick ou você está com alguma lesão?
Foi opção dele. Eu estava disponível. Não estou machucada. Claro que gostaria muito de representar meu país na cidade em que moro e treino. Neste ano, já disputei dois torneios nos Estados Unidos e, nesta semana, viajo para a Colômbia para outras duas competições. Estou bem. No Brasil, os técnicos não têm de seguir nenhum critério, chamam quem estão afim de chamar. Ao menos é o que têm mostrado as últimas convocações.
O Frick afirmou que decidiu chamar uma equipe mais nova para a disputa em Curitiba como critério de convocação.
Chamou uma geração de boas jogadoras, que vão crescer. Mas sou apenas alguns meses mais velha que a Vivian (Segnini, 1ª no ranking nacional) e a Roxane (Vaisemberg, número 2). Assim, ele me chamou de velha. É a única coisa que me chateou (Teliana está com 23 anos).
Acha que a não convocação para a Fed Cup é por causa do desempenho no Pan [de Guadalajara, em que foi eliminada na primeira rodada de simples e duplas]? Você passa agora pelo mesmo que viveu a Roxane no México, quando você foi chamada e ela ficou fora da disputa...
São técnicos diferentes. Mas, não tenho muito o que falar. O Brasil está jogando com um time mais novo e, parece que fiquei velha. Muita gente estranhou eu não ser chamada, muita gente me ligou para saber se eu estava machucada.
Vai assistir a algum jogo da Fed Cup?
Não. Mas é porque estou sem tempo. Passo muito tempo na quadra, treinando e, fora dela, fazendo preparo físico e fisioterapia para evitar outras lesões. Tenho jogado bem, mas me machuquei muito nos últimos anos. E também viajo na quinta-feira para a Colômbia.
Adriana Brum
Após perder na estreia da Fed Cup, por 2 partidas a 1, para o Paraguai, as tenistas brasileiras voltam à quadra hoje para continuar sonhando com o título do Zonal Americano da "Copa Davis feminina". O confronto desta manhã, às 10 horas, no Graciosa Country Club, será contra as venezuelanas, que foram derrotadas na primeira rodada pela Colômbia.
Para este segundo confronto, o capitão do Brasil, Eduardo Frick, acenou com a possibilidade de fazer mudanças na escalação. Ontem, apenas Vivian Segnini conseguiu vencer as adversárias. A número 1 do país, Roxane Vaisemberg, escalada para a partida de simples e de duplas, não conseguiu encontrar o seu melhor jogo e perdeu as duas.
Com a boa atuação de Segnini, há chances de a número 2 do Brasil ocupar o lugar de Roxane. "A Roxane não conseguiu desenvolver todo o potencial que tem. Vou ponderar todos os nossos erros e acertos para decidir quem entra em quadra, mas o mais importante é a gente refazer a cabeça para entrar nos jogos sem abatimento", explicou Frick.
Na derrota para o Paraguai, considerada uma das favoritas do torneio, o time brasileiro saiu na frente, mas perdeu os dois duelos que fecharam a rodada. Para reverter a má impressão, as meninas do Brasil apostam em um jogo mais veloz. "Precisamos imprimir nosso ritmo porque as equipes estão muito parelhas", analisou o capitão brasileiro.
Regulamento
Na primeira fase da Fed Cup cada seleção tem quatro duelos de três partidas (duas de simples e uma de duplas). Os campeões dos grupos se enfrentam na final no dia 4 de fevereiro e decidem quem terá o direito de disputar o playoff para Segunda Divisão do Grupo Mundial da Fed Cup. Além de Brasil e Paraguai, Venezuela, Colômbia e Bolívia estão no Grupo A. O B é composto por Argentina, Canadá, Peru e Bahamas.
Ao Vivo
Brasil x Venezuela, às 10 h, no SporTV 2.
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