São Paulo O Brasil enfrenta um tradicional freguês na estréia do Campeonato Mundial Feminino de Basquete, hoje, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A seleção comandada pelo técnico Antônio Carlos Barbosa enfrentará a Argentina, um adversário sem grande expressão, a partir das 15h15.
"Nada como estrear contra a Argentina para tirar a responsabilidade da estréia. É um time que a gente já conhece bem", disse a ala Janeth, veterana da equipe brasileira, com 37 anos. "O basquete feminino na Argentina não é tão profissional quanto para as brasileiras, que atuam com destaque na Europa e WNBA", admitiu o técnico Barbosa. O Brasil não perde para as argentinas há 50 anos em torneios internacionais. A última derrota foi no Sul-Americano de 56. No total, são 39 triunfos e apenas dois tropeços brasileiros.
"A equipe está tranqüila para a competição, porque fizemos um bom trabalho de preparação. Temos condições de fazer um excelente Mundial e temos tempo dentro da competição para fazer ajustes no time. Para a gente, a competição deve começar efetivamente nas quartas-de-final", avisou Barbosa.
Apesar da liderança de Janeth, o técnico explica que a força da seleção brasileira é o conjunto. "Janeth tem um valor indiscutível na equipe. É uma jogadora experiente, tem vivência, carisma, know-how em Olimpíadas e Mundiais. Mas a equipe se caracteriza pelo conjunto", garantiu.
Para Barbosa, que está no cargo há dez anos, esta é a "melhor seleção brasileira que comanda e, sem dúvida nenhuma, a melhor que o Brasil formou depois da geração de 1994 (campeã mundial, com Paula e Hortência)". Por isso mesmo, ele confia na conquista de uma medalha para o Brasil.
Ao contrário da última edição, na China-2002, algumas das forças do planeta passaram a incentivar as selecionáveis a permanecer nas ligas locais e o Mundial desde ano está menos internacionalizado.
Anteriormente, ter várias jogadoras na WNBA era considerado um trunfo e tanto. A liga norte-americana se firmava como a versão feminina da NBA e oferecia contratos vantajosos, atraindo estrelas de seleções de todo o mundo. Como ônus dessa escolha, quem se destacava no competitivo torneio costumava desfalcar seu país.
Algumas federações decidiram dar um basta na condição de coadjuvantes. Foi o caso, por exemplo, de Espanha, Rússia, República Tcheca e Austrália. A Rússia é o caso mais significativo. Em quatro anos, o país, vice-campeão mundial, estruturou uma liga forte, que atrai até brasileiras Helen e Iziane passaram por lá.
Mesmo a seleção brasileira, com oito jogadoras no exterior, vive momento de refluxo. Em 2002, eram nove atletas, sendo seis na liga norte-americana. Do grupo atual, apenas Iziane (Seattle) optou por disputar a temporada nos EUA.
Na tevê: Brasil x Argentina Globo, ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 15h15.
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