Brno, República Tcheca - Sob o comando do novato técnico espanhol Carlos Colinas, a seleção brasileira feminina de basquete estreia hoje no Mundial, em jogo contra a Coreia do Sul, a partir das 10h15 (horário de Brasília). Com uma equipe reunindo três gerações diferentes desde a veterana Alessandra, de 37 anos, passando por atletas como Érika, de 28, até chegar a Damiris, com 17 , o Brasil busca melhorar sua posição em relação ao torneio disputado há quatro anos em São Paulo, quando ficou com o quarto lugar.
Em 15 edições do Mundial, a seleção brasileira garantiu o título inédito em 1994, na Austrália, ainda com Paula e Hortência. Antes, o único pódio fora em 1971, com o bronze conquistado em São Paulo.
Colinas foi o nome escolhido para selar o consenso na seleção, articulado pela diretora do departamento feminino da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Hortência Marcari. O treinador espanhol, que pela primeira vez comanda uma seleção adulta, conta com o retorno de Iziane. A ala estava afastada desde 2008 da equipe nacional, quando brigou com o ex-técnico Paulo Bassul.
A pivô Alessandra e a armadora Helen Luz retornaram desde o ano passado, a pedido de Hortência. A primeira havia decidido se afastar da seleção após litígio com a CBB ela processou a entidade por causa do seguro do Mundial de 2006, quando se machucou no torneio e precisou arcar com todo o custo do tratamento.
De maneira ainda tímida, Colinas deu início à renovação da equipe. Convocou e manteve a jovem Damiris, de 17 anos, no grupo que enfrentará Coreia do Sul, Mali e Espanha na primeira fase do Mundial. Também deu continuidade ao trabalho de Bassul ao chamar a pivô Franciele, de 22. Durante a preparação, contou com a armadora Tássia, de 18, que foi cortada.
Ao contrário do argentino Rubén Magnano, técnico da seleção masculina e dono de um currículo incontestável, Carlos Colinas, um espanhol de 43 anos, não conta com um ouro olímpico em sua lista de feitos. Até então, sua experiência profissional se concentrou nas categorias de base da Espanha.
O contrato dele termina junto com a participação brasileira no Mundial. Não sabe se será renovado até a Olimpíada de 2012, enquanto Hortência não esconde o desejo de ter a ex-jogadora Janeth como a treinadora da seleção em 2016. Colinas, enquanto isso, faz planos no principal torneio que terá para mostrar seu trabalho. "O primeiro objetivo é estar nas quartas de final", explicou. "Depois, dependendo do cruzamento que vamos ter, podemos pensar em metas maiores."
O técnico reuniu a seleção em junho. Venceu o Sul-Americano e, na preparação, conquistou quatro vitórias em sete jogos. Sabe que terá dificuldades com duas atletas essenciais, Iziane e Érika, que só fizeram três treinos com o grupo elas disputavam a final da WNBA nos EUA e se apresentaram no último fim de semana.
"Estou ansiosa, parece que sou novata como a Damiris", diz a pivô Érika, fora da seleção desde 2006 por causa de lesão. "Mas a expectativa é a melhor possível. O que eu quero é chegar em casa com uma medalha no peito."
Ao vivo
Coreia do Sul x Brasil, às 10h15, no SporTV e ESPN
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião