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Experiência há de sobra. Qualidade técnica também não é problema. Só está faltando mesmo ao futebol feminino brasileiro o primeiro título de importância mundial.

Até agora, a seleção canarinho ficou no quase. Em 1999, foi terceira na Copa do Mundo. Em 2004, medalha de prata na Olimpíada da Grécia. Em 2007, contudo, tem tudo para selar a trajetória de crescimento das meninas.

A partir de quarta-feira, na China, a seleção brasileira começa a disputar o quinto Mundial da categoria – que se inicia amanhã com Argentina e Alemanha (às 9 h).

Pela primeira vez – mesmo que ocupe ainda a 8.ª colocação do ranking da Fifa –, chega como uma das favoritas, ao lado de Alemanha (atual campeã mundial), China (a dona da casa) e Estados Unidos (sempre favorita em qualquer competição da categoria).

"Não podemos falar em favoritismo porque existem outras seleções em condições de brigar pelo título. Mas a seleção brasileira entra muito forte neste Mundial", despistou o técnico brasileiro Jorge Luiz Barcellos, antes de embarcar rumo à China.

Mas motivos para euforia há de sobra. O ouro no Pan-Americano do Rio conquistado recentemente e o título individual de Marta, a atual melhor jogadora do mundo, são dois bons exemplos para se acreditar em uma boa campanha na China. O que faz do Brasil uma força realmente efetiva desta vez, no entanto, é o conjunto.

Das 16 seleções, a brasileira é a mais experiente de todas. A maioria das jogadoras à disposição de Barcellos já atuaram em um Mundial – 15 das 21 convocadas. Quem mais se aproxima do Brasil nesse quesito são Gana e Canadá, com 13 atletas com participação em Copas, Alemanha, 12, e China e Japão, com 11.

Kátia, Formiga, Tânia e Pretinha, no entanto, irão além. Quando pisarem no gramado para enfrentar a Nova Zelândia: somarão quatro Copas no currículo.

O adversário de estréia, quarta, às 6 h, é o único que leva vantagem sobre o Brasil em parte do quesito experiência: é quem tem mais "estrangeiras" no plantel. A seleção neozelandesa conta com nove atletas que não atuam no país. O Brasil tem oito no elenco – a maioria jogando na Suécia e França.

Além da Nova Zelândia, as brasileiras, que estão no grupo D, irão encarar China e Dinamarca na primeira fase. Do grupo, classificam-se as duas melhores seleções para as quartas-de-final. Elas vão enfrentar, em uma partida decisiva, as melhores do grupo C (Austrália, Canadá, Gana e Noruega) para chegar à semifinal.

A preparação brasileira começou logo após a conquista do Pan-Americano do Rio e foi bem estudada pela comissão técnica. A seleção está reunida desde o dia 13 de agosto. Treinou por sete dias na Granja Comary, em Teresópolis. Logo após viajou para a Suécia, para um período de treinos com o objetivo de adaptar, gradualmente, as atletas ao fuso de 12 horas da China – na Suécia são 7 de diferença com relação a Brasília. Lá, foram dois amistosos contra equipes locais e duas vitórias. Mas no último domingo, no Japão, o Brasil perdeu para as nipônicas por 2 a 1. Dizem que a seleção jogou bem e foi derrotada em contra-ataques. Seja como for, o resultado serviu como um bom aviso.

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