Assim como o time de Dunga na Copa América, a seleção brasileira sub-20 decepcionou na estréia do Mundial da categoria neste sábado, no Canadá: dependente das jogadas individuais das jovens estrelas e com um jogador a mais desde os 26 minutos do primeiro tempo, o time treinado por Nelson Rodrigues perdeu por 1 a 0 para a Polônia no Estádio Olímpico de Montreal.
Na próxima terça-feira, o Brasil enfrenta a Coréia do Sul, às 20h45 (de Brasília), pelo Grupo D, que ainda tem os Estados Unidos.
Em Montreal, a seleção mostrou desentrosamento e criou suas principais jogadas em lances individuais de Alexandre Pato e Jô. Os meias Renato Augusto e Leandro Lima eram os responsáveis pela criação, mas pouco apareceram. O gol polonês foi marcado de falta por Krychowiak, na etapa inicial. Logo depois, Krol foi expulso, mas o Brasil não soube aproveitar a vantagem numérica.
Contra o individualismo, gol
A seleção quase saiu na frente aos nove minutos, quando Jô fez boa jogada pela esquerda, entrou na área e, mesmo sem ângulo, chutou bem, mas o goleiro Bialkowski fez grande defesa.
Sem criatividade e abusando do individualismo, o Brasil acabou castigado. Aos 22, Krychowiak cobrou falta de longe e acertou o canto esquerdo de Cássio, que saiu atrasado e não conseguiu pegar: 1 a 0 para a Polônia.
Três minutos depois, Alexandre Pato teve a chance de empatar, mas o goleiro polonês voltou a salvar sua equipe. Na esquerda, dentro da área, o craque colorado pegou bem, cruzado, e Bialkowski defendeu no canto.
Aos 26, a Polônia ficou com um a menos. O atacante Krol, jogador do Real Madrid, fez falta dura em Pato no meio-campo e levou o cartão vermelho.
Pressão sem resultado
Após o intervalo, a seleção continuou dependente das jogadas individuais, principalmente dos atacantes Jô e Alexandre Pato, o que mais chutava ao gol. Renato Augusto e Leandro Lima, responsáveis pela armação, continuavam escondidos.
Com um a mais, o técnico Nelson Rodrigues mexeu na equipe colocando o lateral-esquerdo Marcelo e o meia Carlos Eduardo nos lugares de Carlão e Ji-Paraná.
Aos 27, a melhor chance brasileira de empatar. Renato Augusto deu excelente passe por cima para Pato, mas o atacante bateu por cima, perto do gol.
Depois, Luiz Adriano entrou na vaga do volante Roberto, em mais uma tentativa do treinador para deixar o time ofensivo e aproveitar a vantagem numérica. A seleção chegou a pressionar, mas de forma desordenada, sem resultado. O que poderia ter mudado caso o árbitro marcasse pênalti em Carlos Eduardo, derrubado na área aos 46 e ainda levou cartão amarelo por simulação.
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