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Mano Menezes, técnico da seleção brasileira, durante treino em Los Cardales, cidade a 60 km de Buenos Aires | Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo
Mano Menezes, técnico da seleção brasileira, durante treino em Los Cardales, cidade a 60 km de Buenos Aires| Foto: Hedeson Alves, enviado especial/ Gazeta do Povo

Los Cardales, Argentina - Quando o time de Mano Menezes venceu os EUA por 2 a 0, jogando bonito, no dia 10 de agosto do ano passado, parecia que todos os problemas da seleção brasileira – ainda amargando a eliminação da Copa-2010 – haviam acabado.

Pouco mais de um mês após a equipe de Dunga ser eliminada na África do Sul, um time alegre, com as revelações Paulo Henrique Gan­­so e Neymar (preteridos no Mun­­dial), formando um quarteto ofensivo ao lado de Robinho e Ale­­xan­­dre Pato, agradou em cheio. Mas não passou disso.

Após o início animador, a equipe nacional não mais encantou. Um atenuante é não ter contado mais com os quatro juntos, possibilidade que se abre novamente.

A Copa América da Argentina – com início marcado para sexta-feira e estreia do Brasil, no domingo, com a Venezuela – tornou-se a esperança do técnico em resgatar a primeira impressão.

Ele terá os 23 jogadores que considera os melhores em atividade. Algo raro. Desde 99, o país sofre com baixas na competição continental. Em 2004, por exemplo, foi campeão com reservas. Três anos depois, Kaká e Ronaldinho não qui­­seram ir ao torneio.

Agora a sorte mudou de lado.

Dezesseis dias após sua única partida pela seleção principal, Gan­­so lesionou gravemente o joelho esquerdo e teve de ser operado. Neymar, pivô da polêmica demissão do técnico Dorival Jr. do Santos, levou um "gelo" e não foi convocado para os dois amistosos seguintes (Irã e Ucrânia). Pato, que havia mar­­cado gols nas três partidas, passou a sofrer com lesões e só jogou mais uma vez. O mais assíduo foi Robinho, ausente uma vez.

A dupla do Santos chegou ti­­nin­­do na Argentina e com outro status após a conquista da Liber­­tadores. "Espero mostrar todo o meu belo futebol para fazer por me­­recer a camisa 10 da seleção e toda a confiança colocada em mim", diz Ganso. "Estando feliz as coisas acontecem naturalmente. Me preocupo em jogar futebol. Se jogar como no Santos, as coisas vão sair naturalmente", fala Neymar, que voltou a ser chamado regularmente desde o fim do ano passado.

Todos se esquivam de dar palpite no time, mas Robinho deixa uma dica para convencer o treinador a restabelecer o quarteto. "É válido desde que haja comprometimento. Nessa formação temos de voltar para marcar, para não sobrecarregar quem está atrás".

Sem eles juntos, Mano só sustentou por mais um jogo o esquema com três meias-atacantes se aproximando do centroavante.

Mesmo com a vitória por 3 a 0 sobre o Irã, partida na qual utilizou Carlos Eduardo e Philippe Cou­tinho nos lugares dos santistas, a partir do jogo com a Ucrânia (2 a 0), quatro dias depois, sempre optou pela entrada de um jogador meio volante, meio armador. Elias jogou esta e as duas partidas seguintes – derrotas para Argenti­na e Fran­­ça, ambas por 1 a 0.

Elano assumiu a posição nos duelos mais recentes, com Escócia (2 a 0) e Holanda (0 a 0) – contra a Romênia (1 a 0), o técnico aproveitou para testar outros jogadores.

O primeiro passo para a volta à formação ofensiva po­­de ser dado hoje, quando Mano fará o primeiro coletivo visando à Copa Amé­­rica.

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