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O Brasil deixa a natação no Mundial do Kazan, encerrado neste domingo (9), com pódios, vagas olímpicas e metas não batidas.

Na natação, foram quatro medalhas, das quais nenhuma de ouro. Nicholas Santos (50 m borboleta), Etiene Medeiros (50 m costas) e Thiago Pereira (200 m medley) foram prata. Bruno Fratus, nos 50 m livre, amealhou o bronze.

Foram menos láureas em relação à edição anterior, em Barcelona-2013, quando foram conquistados dois ouros (nos 50 m borboleta e 50 m livre, com Cesar Cielo) e três bronzes (com Thiago Pereira, nos 200 m medley e 400 m medley, e Felipe Lima, nos 100 m peito).

Em número de finalistas, a equipe nacional também teve mais: 12, contra dez na Rússia. A meta estipulada era de aumentar tal quantidade de decisões. Ainda assim, o entendimento da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) é de que a campanha foi boa.

“Saímos satisfeitos daqui. Mesmo sem o Cesar, que é um fator, tivemos finais”, analisou Alberto Pinto da Silva, o Albertinho, técnico chefe da equipe masculina.

Os homens obtiveram oito finais contra apenas uma das mulheres, justamente nos 50 m costas onde Etiene conseguiu a maior conquista da história da natação feminina do país. Houve uma final mista, no revezamento 4 x 100 m livre.

A ausência de Cielo, que abandonou o Mundial na quarta-feira (5) sob alegação de lesão no ombro esquerdo, prejudicou a equipe em possibilidades. O velocista obtinha ao menos dois pódios por edição desde Roma-2009.

Mas, desta vez, ele perdeu os tronos nos 50 m borboleta (ficou em sexto na final) e nos 50 m livre, do qual nem chegou a participar. Cielo terá de passar por fisioterapia e ficará até três meses afastado das competições.

Além da saído do principal nadador do país, outras frustrações ocorreram com Leonardo de Deus, que tinha um dos cinco melhores registros da temporada mas não foi à decisão da prova em Kazan, e Felipe França, que ficou fora dos oito melhores nos 100 m peito. O revezamento 4 x 200 m livre masculino e o 4 x 100 m medley feminino foram os únicos que saem da Rússia sem vaga assegurada nos Jogos do Rio.

O próprio França poderia se redimir nos 50 m peito, mas ficou fora do pódio por apenas um centésimo, atrás do norte-americano Kevin Cordes. Se ele lamentou, Bruno Fratus sorriu pela mesma ínfima margem.

Ele garantiu o bronze nos 50 m livre um centésimo à frente do russo Vladimir Morozov.

Outros bons resultados vieram com o revezamento 4 x 100 m livre, quarto colocado mesmo sem contar com Cielo, e com Henrique Rodrigues, finalista nos 200 m medley.

Alguns atletas chegaram a chiar do fato de a delegação ter emendado a participação no Pan de Toronto com o Mundial de Kazan. Entre um e outro, a diferença foi de apenas 15 dias.

“Quisemos fazer uma preparação que envolvesse todas as dificuldades que podemos encontrar na Olimpíada. Lá, a pressão será muito maior, não tem comparação”, afirmou o diretor executivo da CBDA, Ricardo de Moura.

MARATONA AQUÁTICA

O Brasil também conquistou três medalhas nas provas de maratona aquática. Todas vieram com Ana Marcela Cunha: nos 25 km (ouro), 10 km (bronze) e 5 km por equipes (prata).

Além disso, Ana Marcela, Poliana Okimoto e Allan do Carmo garantiram vaga para disputar a prova de 10 km nos Jogos Olímpicos do Rio.

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