Zagallo assistiu ao jogo da seleção brasileira contra Omã, ontem, em uma churrascaria de Curitiba. Contrariando o costume adquirido como reflexo da carreira de treinador, desta vez não brigou com a tevê, como se estivesse dando ordens aos jogadores em campo. "Faço muito isso. Minha mulher reclama: Ninguém está te escutando. Mas é o hábito", confessa o tetracampeão mundial de 78 anos, que admitiu a saudade dos tempos em que estava dentro do gramado.
Após o almoço, o Formiguinha, como era conhecido pelo trabalho incansável em campo, visitou o Hospital Pequeno Príncipe, onde oficializou apoio ao Programa Gols pela Vida, responsável por ações de arrecadação de recursos para assistência e pesquisa científica da entidade. A ideia é explorar a imagem e o nome do ex-jogador, mas os possíveis projetos ainda estão sendo discutidos. "Se antes fazia passe para o Pelé, agora será para o hospital", brincou, dando pequena amostra de como Zagallo e futebol estão sempre relacionados.
Não poderia faltar, então, em uma conversa com o Velho Lobo uns pitacos sobre a seleção, que se prepara para o Mundial de África do Sul, no ano que vem. "O Brasil chega à Copa do Mundo com a obrigação de ganhar. Esse é o perigo. Se a gente se expõe mais do que os outros, permite o contra-ataque, o que não é uma boa", falou Zagallo, que também comentou a possibilidade de Ronaldo ir ao Mundial. "Futebol ele tem demais. O problema que não tem solução é a idade. Ele está com 33 anos e na Copa estará com 34. Apesar de ter feito uma lipo, está gordinho, mas torço por ele, porque de centroavante é o melhor de todos."
Sobre a briga carioca para ficar fora da ZR no Brasileiro, entre Botafogo e Fluminense, o tetracampeão não ficou em cima do muro. "É triste, pois um deles vai cair para a Segunda Divisão. Sou Botafogo e Flamengo. Na minha época, o Botafogo ganhava títulos; hoje, a coisa está feia, mas só depende dele. Se ganhar do São Paulo, domingo, não cai. Aí eu estou torcendo para o Flamengo ser campeão", disparou.
E a esperança dele tem nome estrangeiro. "Temos de torcer pelo Pet de novo", falou, se referindo aos títulos do Carioca e da Copa dos Campeões de 2001, ambos consolidados com gols de falta do sérvio. Zagallo era o treinador.
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