Dois anos transformaram a reputação de um país de quase intruso a respeitado no universo da ginástica. Enquanto em 2003 o Brasil surpreendeu a todos com a conquista de uma inédita medalha de ouro no solo no Campeonato Mundial dos Estados Unidos, a seleção feminina estréia hoje no Mundial da Austrália com novo pedigree: favorita. Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Camila Comin e Laís Souza iniciam às 22 horas (de Brasília) a fase classificatória na versão 2005 do evento.
O caminho trilhado nesse intervalo entre Mundiais permite previsões otimistas em Melbourne. "O Brasil tem chance de duas medalhas: Daiane (solo) e Laís (salto)", garante Oleg Ostapenko. O técnico foi o maior responsável pela mudança do conceito internacional em relação à ginástica brasileira.
O marco do reconhecimento ocorreu em Anaheim. Com seu duplo twist carpado depois rebatizado de Dos Santos , Daiane levou o país ao topo da modalidade. O primeiro lugar no solo um ano antes da Olimpíada de Atenas transformou a atleta na principal estrela brasileira em Atenas e o ginástica em paixão nacional.
Apesar de o quinto lugar da Pérola Negra nos Jogos 2004 ter frustrado as expectativas, a série de resultados manteve as representantes brasileiras num patamar elevado. "O Brasil é mais respeitado porque ganhamos medalhas em todas as etapas da Copa do Mundo", justifica o treinador. "A expectativa hoje em dia é bem maior", acompanha Daiane.
A ginasta apontou a norte-americana Alicia Sacramone e a espanhola Patrícia Moreno como as principais concorrentes no caminho do bi. O joelho, outro "adversário" constante, não deve incomodar. "Está sob controle", garante ela, apesar de sentir algumas dores.
A preocupação maior às vésperas da competição concentrou-se em outra candidata ao pódio. Laís Souza, símbolo da nova geração, caiu enquanto treinava nas barras paralelas, domingo, em Melbourne. Na queda, ela torceu a perna direita, em que sofreu uma fratura há três meses.
Ontem, porém, submeteu-se a uma radiografia e nenhuma lesão foi constatada. "Foi só um susto. Vamos só ver como será o treino dela amanhã (hoje)", afirmou a supervisora da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Eliane Martins.
A espera é de uma recuperação total pois Laís é a única ginasta brasileira inscrita em todos os aparelhos. Daiane ficará apenas no seu "território", enquanto Camila Comin e Daniele Hypólito competirão na trave e nas paralelas.
No masculino, Diego Hypólito, Mosiah Rodrigues e Adan Soares dos Santos começaram a disputa nesta madrugada.
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