O paulista Thomaz Bellucci (27.° do mundo) é a principal arma do Brasil para não fracassar na Copa Davis| Foto: Divulgação

Chennai, Índia - O Brasil disputa, a partir da ma­­dru­­gada de amanhã, em Chennai, na Índia, a repescagem do Grupo Mundial da Copa Davis de tênis pelo quinto ano consecutivo. É a terceira vez nesta série que os brasileiros atuarão fora de seus domínios. Agora, entretanto, as condições não são tão desfavoráveis.

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A equipe nacional conta com jogadores muito mais bem posicionados no ranking mundial, com exceção dos duplistas, e não atuará na grama, superfície na qual não possui um histórico de bons resultados. Enquanto Thomaz Bellucci (27.º) e Ricardo Mello (75.º) estão no top 100 mundial, o melhor indiano é Somdev Devvarman, apenas o 113.º. O número dois do adversário, Rohan Bopanna, é somente o 479.º do ranking.

Os tenistas brasileiros, que esperavam jogar na grama, festejaram ao tomar ciência da escolha do piso. "Se eu ganhei dois ou três jo­­gos na grama, foi muito", afirmou Ricardo Mello. "Então é lógico que jogar na [quadra] dura é melhor para mim", completou ele, cujo único título de primeira linha aconteceu nesse tipo de piso.

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Bopanna chega a Chennai embalado pelo vice-campeonato na chave de duplas do Aberto dos EUA, porém ele pouco joga partidas de simples. A aposta é que, por isso, o 19.º do mundo em duplas sinta dificuldades físicas em uma partida de simples em melhor de cinco sets. "Em Bauru, joguei uma melhor de três e terminei quase morrendo", afirmou o duplista Marcelo Melo. Ele conta que a diferença é brutal, já que nas duplas precisa cobrir apenas meia quadra e a disputa dos pontos são bem mais curtas.

Apesar das vantagens, o Brasil adotou um discurso cauteloso. O capitão João Zwetsch, considera que as chances de cada time estão divididas na metade. "Realmente os rankings dos nossos jogadores são melhores, mas a Copa Davis é uma competição diferente, em que conta muito o lado psicológico", afirmou.

Para Bellucci, o fato de o Brasil estar há tanto tempo fora da elite da Davis não aumenta a pressão, mas, sim, a motivação. O que pesa contra é o retrospecto recente. No ano passado, a equipe também tinha jogadores mais bem ranqueados e ainda disputava o confronto diante de sua torcida, em Porto Alegre. Porém desperdiçou a chance de voltar ao Grupo Mundial ao sucumbir diante do quase aposentado Nicolas Lapentti, que liderou o Equador e adiou sua parada apenas pelo gostinho de jogar na elite da competição.

Grupo Mundial

Começam amanhã as semifinais. A França recebe a Argen­­tina, em Lyon, e a Sérvia – reforçada pelo recentemente vice-campeão do US Open, Novak Djokovic –, mede forças com a República Tcheca, em Belgrado.

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Índia x Brasil, 3 h, no Sportv 2.