A seleção brasileira feminina de vôlei venceu por 3 a 2 a China (25-16, 20-25, 25-16, 28-30 e 15-10) em mais um jogo difícil. A partida foi marcada pelo alto astral das jogadoras brasileiras, numa tentativa de espantar a má fase. A cada ponto as jogadores vibraram e tentaram a todo momento não deixar qualquer fantasma da desclassificação entrar em quadra.
O Brasil, mesmo com a vitória, ficou na quinta posição do grupo B por causa da vitória logo em seguida da Turquia por 3 sets a 2 sobre a Coreia do Sul (parciais de 25/16, 21/25, 25/18, 19/25 e 15/12).
Mais tarde a seleção dos Estados Unidos, líder do grupo, bateu tranquilamente a lanterna Sérvia por 25/17 25/20 e 25/16. Desta forma, apenas cumprirá tabela na última rodada contra a Turquia, em jogo que interessa diretamente ao Brasil.
Se as turcas vencerem e o duelo entre China e Coreia do Sul for ao quinto set - o que dá dois pontos para a seleção vencedora e um para a perdedora -, o Brasil fica fora da próxima fase mesmo que vença a Sérvia por 3 a 0 ou 3 a 1 e faça três pontos. "Hoje o time foi mais solto. O tempo inteiro pensamos em colocar o time para cima", afirma o treindor, José Roberto Guimarães. De acordo com ele, mesmo com vitória da Turquia contra Coréia do Sul, o Brasil ainda tem chances de classificação.
Caso uma vitória da Turquia ocorra nesta sexta-feira, na próxima rodada, contra a Sérvia, a seleção brasileira precisará vencer por um placar de 3 a 0 ou 3 a 1 (que vale 3 pontos na tabela) e torcer para os Estados Unidos vencerem a Turquia pelo mesmo placar. O Brasil se classificaria em último no grupo B e enfrentaria a primeira do A, a Rússia.
Para a líbero Fabi, o grupo do Brasil é muito difícil. Por isso, a vitória desta sexta-feira foi importante para elevar o moral e se manter vivo na competição. "Lamentamos a última derrota para a Coréia do Sul pela forma como ocorreu porque perder é do jogo. É difícil, mas ainda dá", afirmou.
O jogo
A vitória brasileira mostrou aspectos que pareciam estar esquecidos durante toda Olimpíada. A evolução do ataque e a vibração em quadra foram fundamentais para mostrar que o Brasil pode mais. A levantadora Dani Lins simplificou o jogo para Jaqueline e Scheila aparecerem com qualidade na conclusão.
"A Dani está de parabéns. A gente tem entrosamento grande", disse Scheila. No primeiro set, o Brasil parecia que atropelaria as chinesas e venceu facilmente. O equilibrio durante os outros sets ficou marcado no quarto. Vencendo por 24 a 21, a um ponto de fechar o jogo e marcar três pontos, as brasileiras permitiram a reação da China, que empatou o jogo e levou a partida para o tie-break. Uma vitória ali representaria um ponto a mais e menos sufoco na competição. O quinto set foi dominado pelo Brasil, que conseguiu fazer seu ataque se impor novamente.
Além do ataque, o bloqueio e o saque brasileiro voltou a funcionar, sobretudo com a meio de rede Thaisa. "O bloqueio é o fundamento que tenho mais dificuldade. No saque, o Zé (José Roberto Guimarães) me passou confiança", explica a jogadora. Thaisa errou um saque no momento mais importante da partida, no quarto set, quando o Brasil caminhava para vencer por 3 a 1. Ao sair de quadra, começou a chorar. "Chorei de raiva. Era um momento que não podia ter errado. Não me permito errar dessa forma", contou.
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