Brasil vence, convence e assume vice-liderança das Eliminatórias

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A Seleção Brasileira quebrou o retrospecto ruim de jogos fora de casa nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 neste domingo (7), no estádio Nacional em Santiago, no Chile. Com a vitória convincente de 3 a 0 sobre os chilenos (a primeira fora nesta competição), o Brasil se recuperou na tabela de classificação e saltou da 6ª colocação para a vice-liderança, ultrapassando a rival Argentina no grupo Sul-Americano das Eliminatórias.

Na próxima rodada, quarta-feira (10), o Brasil recebe a Bolívia no estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, a partir das 21h50 (a Gazeta do Povo Online acompanha o jogo LANCE A LANCE). O Chile encara a Colômbia, novamente no estádio Nacional.

O jogo

Jogo movimentado e de momentos distintos. Se no começo o Chile parecia ameaçar o Brasil, no restante da partida – salvo raros momentos de inspiração chilena – a seleção comandada por Dunga foi superior. Destaque para o artilheiro Luís Fabiano, autor de dois gols do Brasil (o outro foi marcado por Robinho). Destaque também, desta vez negativo, para o excesso de cartões mostrados pelo árbitro Carlos Torres. Foram distribuídos dois vermelhos (um para cada lado) e vários amarelos.

Primeiro tempo

A partida começou melhor para o Chile. Se as jogadas não eram tão agudas, pelo menos eram freqüentes e os brasileiros tiveram que fechar os espaços, além de apertar a marcação. Mesmo assim, a primeira chance de gol da partida foi brasileira. Robinho deu um belo corte no marcador aos 9 minutos, ficou de cara para o gol e bateu rasteiro. Bravo saiu bem do gol e fez grande defesa.

Mais presente na área do Brasil, o Chile pressionava. Aos 11 minutos, Fernandez tentou a jogada pela ponta direita da área brasileira e foi derrubado por Luisão. O árbitro Carlos Torres não marcou o pênalti, para irritação da torcida. Pouco depois, a grande chance chilena na partida. Depois da cobrança de escanteio da esquerda, Suazo desviou de cabeça e Vidal recebeu de cara para Júlio Cesar. Com tempo para escolher o canto, o jogador não soube aproveitar a chance, exagerou na força e isolou.

Aos 18 minutos a lambança do jogo. Uma falta violenta de Kléber fora do lance foi dedurada pelo auxiliar Manuel Bernal ao árbitro Carlos Torres. Porém, ao invés de mostrar o cartão amarelo para Kléber, Torres mostou para Luisão. Alertado pelos brasileiros, o árbitro teve que consultar o seu 4º árbitro para aí sim reparar o equívoco e advertir o jogador certo.

Brasil abre o placar

Aos poucos o Brasil foi se organizando na partida, mas não conseguia tomar para si o controle do jogo. Em jogada de bola parada, aos 20 minutos, a seleção brasileira ganhou lastro para conduzir o jogo com mais tranqüilidade. Ronaldinho Gaúcho cobrou a falta à meia altura, Luís Fabiano se antecipou ao marcador e desviou de cabeça, nas redes de Bravo.

O Brasil melhorou no jogo e teve a grande chance de ampliar o placar aos 36 minutos da primeira etapa. Diego recebeu dentro da área e levou uma "pisada" do zagueiro Estrada. Pênalti para o Brasil. Ronaldinho Gaúcho foi para a cobrança, caprichou na força, mas errou na direção. Bateu à meia altura e Bravo fez grande defesa.

Nos minutos finais da primeira etapa o Brasil conseguiu ampliar sua vantagem em grande jogada de Luís Fabiano. O atacante ganhou a dividida no alto, carregou e serviu ao atacante Robinho, que chegava logo ao seu lado. O atacante dominou e tocou nas redes, à direita do goleiro chileno.

Segundo tempo

Na volta para os 45 minutos finais, o técnico Marcelo Bielsa fez mais duas modificações (já tinha colocado Valdívia na primeira etapa). Dunga manteve o mesmo time.

No primeiro lance do segundo tempo a torcida brasileira ficou preocupada. Kléber obstruiu um ataque do time chileno e recebeu a advertência do árbitro. Junto com o segundo cartão amarelo, o vermelho surgiu para deixar o Brasil com um a menos.

Mesmo com apenas dez jogadores em campo, a seleção brasileira conseguiu deixar o jogo equilibrado. Aos 16 minutos do segundo tempo o meia Valdívia reafirmou sua péssima fama de jogador violento. Após uma falta dura sobre Juan, o jogador não teve o perdão do árbitro e recebeu cartão vermelho, mesmo sem ter recebido nenhum amarelo.

Pressão e gol

Com a igualdade numérica voltando ao jogo, o Brasil cresceu e por muito pouco não ampliou ainda mais a sua vantagem. Em duas jogadas de Luís Fabiano, aos 21 e 24, a falta de tranqüilidade e o excesso de individualismo prejudicaram o ataque brasileiro. Na primeira ele poderia ter chutado forte, mas preferiu dar um toque de leve e perdeu a chance. Na segunda oportunidade ele chutou forte e Bravo defendeu. No rebote, errou o arremate e mandou para longe.

De tanto insistir, o atacante Luís Fabiano conseguiu marcar mais um (seu quarto, em cinco jogos das Eliminatórias). Aos 37 minutos o jogador recebeu o lançamento dentro da área, matou no peito, mas deixou escapar. Na raça, ele ganhou de Medel, ajeitou e tocou na saída do goleiro Bravo, fechando o placar da noite festiva para a seleção brasileira.