Meninas do Brasil tiveram motivos de sobra para comemorar. Título apertado veio na casa das adversárias e diante de um ginásio lotado| Foto: Georgi Licovski/EFE

O dia 22 de dezembro de 2013 ficará para sempre marcado na história do handebol nacional. Ontem, a seleção brasileira feminina conquistou pela primeira vez o Campeonato Mundial. O ginásio lotado em Belgrado e a pressão de disputar sua primeira final não assustou a equipe, que derrotou as donas da casa, as sérvias, por 22 a 20.

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A campanha foi perfeita, com nove vitórias em nove partidas. Mesmo quando enfrentou seleções de muito mais tradição no esporte, como as próprias sérvias e as dinamarquesas – ambas derrotadas duas vezes –ou as húngaras, as jogadoras brasileiras passaram por cima.

O título coroou um projeto que foi iniciado nos últimos anos, com oito jogadoras da seleção, mais o técnico dinamarquês Morten Soubak, atuando na equipe Hypo Nö, da Áustria. Além disso, há seis meses a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) acertou um contrato com patrocinadores que rende em torno de R$ 13,4 milhões anuais – R$ 9,4 milhões distribuídos pelo Banco do Brasil e pelos Correios.

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Depois de um quinto lugar no Mundial de São Paulo, em 2011, e da sexta posição nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano seguinte, o lugar mais alto do pódio finalmente veio. Conquista que deve render cerca de R$ 20 mil de premiação para cada atleta.

A felicidade foi completa porque também a brasileira Duda foi anunciada como a melhor da competição. "Que ano maravilhoso, só tenho a agradecer a todos, mas este é o momento do grupo. Estou muito feliz, orgulhosa, satisfeita de jogar com elas. Me ajudaram em todos os momentos, ajudamos uma a outra e, desde o primeiro jogo, mostramos que poderíamos jogar como time", declarou a catarinense de Blumenau ao Lancenet.

A goleira Babi também foi considerada a melhor de sua posição e entrou na seleção do torneio. Na final, no entanto, foi a melhor jogadora do mundo em 2012, Alexandra Nascimento, que decidiu ao marcar seis gols.

"Nós apenas começamos um caminho, vamos devagar. Cada jogo era um degrau e foi assim que chegamos aqui. Temos mais três anos para nos prepararmos para a Olimpíada [no Rio em 2016]. Temos de colocar na cabeça que precisamos ter os pés no chão para chegar à medalha em casa. Não vai ser fácil", afirmou Alexandra, em entrevista ao UOL Esporte.

Na decisão do terceiro lugar, a Dinamarca derrotou a Polônia por 30 a 26 e garantiu a medalha de bronze. A equipe europeia, que havia sido derrotada pelo Brasil na semifinal, buscou a virada com uma ótima atuação no segundo tempo, após ir para o intervalo perdendo por 15 a 12.

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