• Carregando...

O Brasil se aproximou ainda mais do título da Copa dos Campeões, ao vencer, na manhã desta sexta-feira, a seleção do Japão, no Ginásio Metropolitano de Tóquio, no encerramento da terceira rodada da competição, que, exceto pela vitória da seleção brasileira, foi marcada por surpresas. Os comandados de Bernardinho bateram os donos da casa por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/20, 23/25 e 25/18.

A rodada começou com a vitória do Egito sobre a China, por 3 sets a 2, com parciais de 25/23, 21/25, 21/25, 25/21 e 15/12. Depois, os EUA deram uma surra na Itália, atual vice-campeã olímpica e tida, ao lado do Brasil, como favorita ao título da Copa dos Campeões. Os americanos venceram por 3 a 0, com 25/23, 25/20 e 25/18 nas parciais.

O Brasil volta à quadra na madrugada deste sábado, às 4h, com transmissão ao vivo do Sportv, para enfrentar justamente os italianos, numa partida que, antes dos resultados desta sexta-feira, era tida como a final antecipada do torneio. Com a derrota dos italianos, no entanto, o Brasil já poderá ser campeão no sábado, pois o torneio é disputado em sistema de pontos corridos e com o confronto direto como primeiro critério de desempate. Como os brasileiros são os únicos invictos e já venceram os EUA, únicos, além da Itália, ainda na briga, o título está muto perto para a equipe de Bernardinho.

Japão faz o Brasil suar

Empolgados com a torcida, o Japão pareceu esquecer a superioridade brasileira. Ao mesmo tempo, os próprios brasileiros pareceram esquecer que são os atuais campeões olímpicos e mundiais. No primeiro tempo obrigatório da partida, os japoneses venciam por 8/5, numa vantagem aberta por três erros brasileiros. Na volta da parada, um ponto de saque e outro de bloqueio do time da casa levou Bernardinho a parar o jogo novamente. O Brasil equilibrou as ações e, num bloqueio de Giba, ficou apenas um ponto atrás no placar, com 12/11 para o Japão. A reação brasileira levou o técnico japonês a promover a terceira parada do jogo. De nada adiantou, pois o Brasil conseguiu o empate em 13/13. Após o empate, o Brasil, já melhor em quadra, conseguiu a virada numa jogada de meio entre o levantador e o atacante André Nascimento, que cortou para baixo, entre o bloqueio e o lado japonês da rede.

O atacante Ogino, capitão japonês, que vinha tendo um bom aproveitamento de ataque, manteve o time da casa no jogo, mas o os brasileiros já era melhores em quadra. No segundo tempo obrigatório, o Brasil vencia por 16/15. Com Gustavo forçando bastante o saque e atrapalhando a recepção adversária, a vantagem brasileira subiu para 19/16. Após mais um ataque de de Ogino, o Japão encostou, mas o Brasil abriu mais com três pontos seguidos, com Ezinho, André Nascimento e Rodrigão. Bernardinho foi obrigado a pedir tempo um pouco depois, quando o Brasil deixou o Japão encostar em 22/20, com um ace de Koshikawa. Na volta, o Brasil retomou as rédeas do jogo e fechou em 25/21, em 24 minutos, num ataque de André Nascimento, aproveitando um levantamento mágico de Ricardinho.

No segundo set, o Japão voltou a surpreender e abriu 4/1. O Brasil encostou, mas os japoneses, assim como na primeira parcial, foram para o tempo técnico com 8/5 no placar, após um ace de Hiroyukai, num saque a 108 km/h. Nem mesmo as instruções passadas no tempo técnico adiantaram e, num ace de Koshikawa, os japoneses abriram 12/7 e obrigaram Bernardinho a pedir novo tempo, pois o placar, com cinco pontos de vantagem no Japão, foi construído com dois aces e quatro erros do Brasil. Na volta, o Brasil equilibrou o jogo e diminuiu a vantagem do Japão para 12/10, obrigando, desta vez, o técnico do time da casa a pedir tempo. Exatamente como no primeiro set, os brasileiros empataram em 13/13. A história, no entanto, foi diferente, pois Yamamura conseguiu um bloqueio e evitou a virada do Brasil.

A virada acabou vindo um pouco depois, num erro de posição do Japão durante saque do Brasil, que fez 15/14 no segundo set. O segundo tempo técnico obrigatório, assim como no primeiro set, ocorreu com o placar em 16/15 para os brasileiros, após um bloqueio triplo da seleção de Bernardinho. As semelhanças com a primeira parcial continuaram e, neste momento do jogo, o Brasil começou a abrir e chegou a 20/16. Desta vez, no entanto, os japoneses não ensaiaram reação e o Brasil fechou a parcial em 25/20, num ataque fulminante de Giba.

Se os dois primeiros sets foram praticamente iguais, o terceiro já começou com uma diferença: o Brasil, pela primeira vez no jogo, saiu na frente. Os brasileiros chegaram a abrir 5/3 no placar, mas os japoneses empataram em 5/5 e equilibraram as ações. Diferentemente do primeiro set, o Brasil foi para o primeiro tempo técnico obrigatório na frente, com 8/6 no placar. Na volta, os japoneses fizeram três pontos seguidos e viraram para 9/8. O Brasil conseguiu empatar e depois teve a chance de voltar a liderar, mas acabou dando um ponto de graça para o Japão, numa bola fraca que caiu entre André Eller e Ricardinho, após ataque de Ezinho que ficou no bloqueio, num lance que deixou o técnico Bernardinho maluco.

Após um belo rali, que terminou com um toque na rede do time japonês, o Brasil encostou no placar e ficou apenas um ponto atrás, mas o Japão, num raro ponto de bloqueio, fez 16/14 e, manter a diferença entre os dois sets anteriores, ao chegar na frente do placar no segundo tempo técnico obrigatório. O Japão seguiu melhor após a parada e chegou a fazer 21/19. Em dois ataques de André Nascimento, o Brasil se manteve vivo no set. O atacante canhoto foi para o saque, bagunçou a defesa adversára e o Brasil teve a chance do contra-ataque, mas Ezinho ficou no bloqueio. Num ataque de Kai, que furou um bloqueio triplo do Brasil, o Japão teve set point, mas André Nascimento salvou. Bernardinho tirou Ezinho e lançou Murilo, para reforçar o bloqueio. O Brasil ainda conseguiu um rali, mas acabou perdendo por 25/23.

O quarto set começou como os dois primeiros, com o Japão na frente, mas, melhor no bloqueio, o Brasil manteve o jogo equilibrado. No mais longo rali da partida, os japoneses fizeram 6/5 e depois, assim como nos dois primeiros sets, foram para o primeiro tempo técnico na liderança, com 8/7 no placar. Ao contrário dos sets iniciais, a virada do Brasil veio um pouco mais cedo. A seleção de Bernardinho parece ter decidido jogar o que sabe e chegou facilmente a 15/10, para depois chegar ao tempo técnico em 16/11. O Brasil se manteve melhor e chegou a estar vencendo por 20/13, para depois fechar em 25/18.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]