A incerteza sobre o calendário do futebol causada pela pandemia do novo coronavírus abriu a discussão sobre um eventual retorno do mata-mata ao Brasileirão em 2020. A ideia, no entanto, não agrada os dois detentores de direitos de transmissão do campeonato, Globo e Turner.
De acordo com o UOL Esporte, a Globo foi consultada por clubes e se posicionou de maneira contrária. A emissora acredita que a alteração resultaria em queda de arrecadação do pay-per-view (PPV) e em vários outros aspectos.
MAURO CEZAR: Clubes querem reduzir salários, mas jogador de futebol ganha pouco
Com a redução de datas (de 38 para 25), haveria 160 partidas a menos caso a fórmula de 2002, a última antes da implementação dos pontos corridos, fosse resgatada. E a diminuição de jogos representaria o não cumprimento do pacote publicitário a emissora, que prevê 38 rodadas.
Já a programadora Turner, dona dos canais pagos TNT e Space, perderia ainda mais com jogos eliminatórios. Atualmente, com oito clubes sob contrato (Athletico, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos) ela tem 56 jogos da Série A em 2020.
Em cenário com mata-mata, seriam 28 garantidos na fase classificatória na TV fechada, além de duelos exclusivamente entre seus contratados na fase final — o que poderia não acontecer. Ainda segundo o UOL, o repasse das cotas aos clubes inevitavelmente também seria reduzido com a entrega de menos partidas.
Até aqui, no entanto, tanto Globo como Turner não confirmam oficialmente a rejeição ao mata-mata.
- CBF define período de férias e prevê retorno de clubes aos treinos em 21 de abril
- Athletico poderá antecipar até R$ 9 milhões com a Conmebol de premiação da Libertadores