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Eles já deixaram os campos, mas neste domingo (29) puderam sentir de novo um pouco do clima de uma Copa do Mundo. Em uma quadra montada na praça Nelson Mandela, em Joanesburgo, jogadores como Aldair, Zetti e Paulo Sérgio enfrentaram os holandeses Ronald De Boer e Aaron Winter, entre outros. Do lado de fora, Carlos Alberto Torres comandava o Brasil e Ruud Gullit fazia o papel de professor da Holanda. Gullit explicou que não entrou em campo por causa de uma recente operação no joelho, mas brincou dizendo que caso se recuperasse a tempo poderia jogar a Copa de 2010.

"Quem sabe, quem sabe... Vou trabalhar pra isso", sorriu ele, hoje com 47 anos e cabelos bem mais curtos do que em seus tempos de Milan.

Depois da pelada para relembrar os velhos tempos (vencida por 2 a 0 pelos europeus), os ex-jogadores voltaram ao presente para falar sobre o Mundial de 2010. De Boer destacou a Espanha como a melhor seleção e disse que Maradona precisará trabalhar muito para sonhar com o tricampeonato da Argentina.

"Pra mim a Espanha é a principal favorita, porque possui um grande time e porque seus jogadores estão ficando cada vez melhores. O Brasil também sempre está entre os favoritos e há também a Argentina, que tem muita qualidade. O problema é que não vejo sistema de jogo na Argentina. Se o Diego continuar, espero que ele possa achar uma identidade para a equipe", analisou De Boer.

O ex-jogador de Ajax e Barcelona, que enfrentou o Brasil na Copa de 98 (e errou uma cobrança na disputa de pênalti), acredita em uma boa campanha em 2010, mas torce para que a Holanda não enfrente o Brasil já na primeira fase.

"Tomara que isso não aconteça, mas de qualquer forma estou confiante. Acho interessante a forma como a Holanda vem jogando, mostrando um futebol de qualidade, para mim o que mais importa é isso. Temos um ótimo meio-campo e acredito que podemos ir longe na Copa", afirmou De Boer.

Do outro lado, Aldair também colocou o Brasil entre os favoritos, além de citar Argentina e Alemanha. Ele ainda elogiou o desempenho dos ex-companheiros Dunga e Jorginho à frente da seleção.

"Dunga tem um grande desafio nesta Copa do Mundo, mas já aprendeu como é estar do outro lado, no papel de treinador, e tem feito um trabalho muito bom ao lado do Jorginho. Ele conseguiu classificar o Brasil com certa tranqüilidade, vamos ver agora na Copa".

Já para Carlos Alberto Parreira, seu técnico em 94, Aldair não reservou tanto otimismo. Pelo que viu até agora da África do Sul, o ex-zagueiro avalia que a missão de Parreira de classificar os anfitriões da Copa para a segunda fase é complicadíssima.

"Acho que o Joel Santana fez um milagre chegando em quarto na Copa das Confederações com aquele time. Se o Parreira tiver tempo, uns 40 dias para trabalhar antes do Mundial, talvez até consiga alguma coisa. Mas para isso, precisa que a África do Sul esteja muito bem fisicamente. Sinceramente, acho que esta é a única arma deles, porque tecnicamente é um time que deixa muito a desejar", disse o tetracampeão, que depois da aposentadoria voltou a morar em Roma, onde jogou por 14 anos.

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