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Os termômetros nas ruas mostram o verão mais quente dos últimos tempos no Brasil. Enquanto isso, longe da realidade do País Tropical, cinco brasileiros se preparam para encarar o cenário gelado e branco do Canadá, a mais de 11 mil quilômetros de distância da terra-natal e com quase 30 graus de diferença. Comandada pela porta-bandeira Isabel Clark, a delegação verde-amarela se juntará aos 5.500 atletas de 80 países que disputarão as 15 modalidades da Olimpíadas de Inverno de Vancouver, a partir desta sexta-feira (12). Até 28 de fevereiro, os brasucas sonham com bons resultados e, quem sabe, a conquista de uma medalha inédita.

Conheça os representantes do país na competição:

Nome: Isabel Clark Prova: snowboard cross country Data que compete: 16 de fevereiro

Dona do melhor resultado brasileiro da história dos Jogos de Inverno, Isabel Clark quer mais. Com o mantra "tudo pode acontecer" na cabeça, a snowboarder busca chegar à frente do nono lugar, conquistado em Turim-2006, e, para isso, conta com a experiência de mais de 15 anos no esporte. Líder do ranking sul-americano e 12ª colocada na lista da Federação Internacional de Esqui (FIS), a carioca garante que fez a melhor preparação de sua carreira para a disputa na neve canadense: "Estou me sentindo bem. Cada vez que chega mais perto, fico mais tranquila, por incrível que pareça. Sei que vai rolar um nervosismo, mas pretendo trabalhar para me concentrar na pista", afirmou Isabel.

Nome: Jaqueline Mourão Prova: 10km do esqui cross country Data que compete: 15 de fevereiro

Pela primeira vez na história do esporte brasileiro, um atleta terá no currículo duas participações em Jogos de Verão e mais duas nos de Inverno. O feito pertencerá a Jaqueline Mourão, assim que a esquiadora entrar na pista gelada de Vancouver. Primeira mountain biker a levar o Brasil às Olimpíadas, em Atenas-2004, a mineira deixou o ciclismo após os Jogos de Pequim, quando cruzou a linha de chegada em 19° lugar. Agora, no Canadá, a líder do ranking sul-americano tenta melhorar a 67ª colocação conquistada na prova de esqui cross country em Turim-2006. "Na reta final de preparação já apareceu aquele friozinho na barriga. Estou ansiosa pela abertura. É o momento onde percebemos que todo o esforço e treinamento valeram a pena pela oportunidade única de entrar no estádio, sob os olhos do mundo inteiro, representando a nação brasileira", disse Jaqueline.

Nome: Leandro Ribela Prova: 15km do esqui cross country Data que compete: 15 de fevereiro

Estreante nos Jogos de Inverno, Leandro Ribela sonha alto. Com 29 anos, o vice-líder do ranking sul-americano de cross country, que já fez atletismo, triatlhon e esqui alpino, quer escrever seu nome na história do esporte brasileiro. "Espero conseguir minha melhor marca pessoal e a do Brasil", diz ele. Apesar da proximidade de defender o país pela primeira vez nas Olimpíadas, o paulista jura estar tranquilo: "Esperava ficar mais nervoso. Treinei bastante nos últimos quatro anos em busca do índice olímpico, então estou muito feliz porque chegou a hora".

Nome: Jhonathan Longhi Prova: esqui alpino Datas que compete: 21 de fevereiro (slalom especial) e 27 de fevereiro (slalom gigante)

Adotado por uma família italiana quando ainda era criança, Jhonathan Longhi teve sua primeira apresentação ao esqui alpino aos quatro anos de idade. Primeiro negro a disputar os Jogos de Inverno pelo Brasil, o atleta natural de Americana (SP) lidera o ranking nacional nas seis categorias da modalidade. Aos 21 anos, o esquiador, que é naturalizado italiano e não fala português, escolheu estrear nas Olimpíadas usando o uniforme verde e amarelo.

Nome: Maya Harrisson Prova: esqui alpino Datas que compete: 24 de fevereiro (slalom gigante) e 26 de fevereiro (slalom especial)

Caçula da delegação brasileira em Vancouver, Maya Harrisson tem apenas 17 anos. Adotada ainda criança por um casal francês que a conheceu em uma visita a Nova Friburgo (RJ), a jovem esquiadora conheceu a neve muito pequena e, desde então, se apaixonou pelo esporte gelado. Vice-líder do ranking sul-americano de slalom gigante, a menina, que estudou português em São Paulo em 2009, quer conquistar um bom resultado para o Brasil. "Ao longo da minha trajetória eu tenho feito grandes progressos. É uma honra poder representar o meu país", afirma.

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