Exemplo tradicional da falta de conhecimento de europeus e americanos sobre a América Latina, a história de que Buenos Aires é a capital do Brasil tem sido subvertida pela Copa do Mundo. Nesta semana, Brasília é que está mais para a capital da Argentina. Até 100 mil torcedores do país vizinho são esperados na cidade para o duelo da seleção alviceleste contra a Bélgica, sábado, às 13 horas, pelas quartas de final.
O governo do Distrito Federal montou um plano especial para recepcionar os argentinos. Plana e com amplos terrenos sem prédios na zona central, Brasília seria o local ideal para acampamentos improvisados pelos visitantes. A solução para driblar os hermanos foi alojá-los longe dessa região e também do Estádio Nacional e da Fan Fest.
Uma área com capacidade para receber até quatro mil trailers foi montada ontem próxima à Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. O local recebeu 118 chuveiros e 105 banheiros químicos, além de policiamento extra e uma unidade móvel de atendimento ao turista. A partir de hoje, uma linha de ônibus a R$ 3 vai levar até o estádio (a 13 km de distância) e à Fan Fest de Taguatinga (26 km).
"Seria melhor ficarmos na cidade, até porque queremos conhecer Brasília", disse Gastón Carpinetti, 39 anos. Ele e outros quatro amigos viajaram 6 mil km desde Arteaga (cidade da província de Santa Fé a 100 km de Rosário, terra natal de Messi). "No geral, o que eu mais gostei foram os brasileiros, menos os que vão aos estádios só para torcer contra a Argentina."
Todos os primeiros oito trailers que chegaram ontem à área reservada eram de cidades distantes de Buenos Aires. Puxava a fila um ônibus de Jujuy, na fronteira com a Bolívia, com uma frase pintada na lateral: "A torcida com mais quilômetros viajados".
Nem todos tinham ingressos. De acordo com a Fifa, 20 mil argentinos compraram entradas para o jogo. Além da invasão por terra, 77 voos extras para Brasília foram abertos em função da partida.
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