Pronta para estrear no UFC neste sábado (14), em Curitiba, Cris Cyborg não quer mais saber de peixe, brócolis e batatinha.
Os ingredientes eram quase que obrigatórios na dieta da atleta em sua luta diária para conseguir adaptar o corpo a atingir 63,5 kg na balança, peso combinado para o duelo com a americana Leslie Smith. A pesagem é nesta sexta-feira (13), a partir das 16 horas, na Arena da Baixada.
“É um processo grande. São dois anos de dedicação comendo peixe, brócolis e batatinha. Não aguento mais”, brincou a curitibana. “Mas estou muito feliz, estou me sentindo forte, mesmo cortando abaixo da minha categoria, acredito que vai ser um grande sucesso”, completa a dona de um cartel de 15 vitórias – 13 delas por nocaute – e apenas uma derrota, a última em 2005, em sua estreia como profissional.
Normalmente, Cristiane Justino compete na categoria pena, cujo limite é de 65,8 kg para lutas de cinturão. Como a divisão feminina mais pesada do UFC é a galo (até 61,2 kg), a representante da Chute Boxe nunca tinha recebido uma chance para lutar no octógono mais famoso do mundo. Até agora.
Mas mesmo estreando no UFC, Cyborg não pensa em tentar chegar ao peso-galo, onde estão as principais estrelas do esporte, como Ronda Rousey, Holly Holm e a campeã Miesha Tate.
“Sou campeã há dez anos na minha categoria. Se trocar agora, vou estar deixando de fazer o MMA feminino crescer. Há vários tipos de mulheres, corpos diferentes”, diz a superfavorita para o combate contra Smith. “Nunca entro em uma luta achando que já ganhei. Pés no chão”, lembra a paranaense de 30 anos.
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