3º lugar
Venezuela e Peru não chegaram à final, mas foram bem mais longe na Copa América do que os prognósticos apontavam. E a dupla de zebras semifinalistas disputará hoje a sua própria "final". As seleções se enfrentam, às 16 horas, em La Plata, para decidir quem ficará com o terceiro lugar no torneio. "Vamos encarar essa disputa como se fosse mesmo uma final", falou o meia peruano Lobatón. Entre os venezuelanos o discurso é o mesmo.
Disputada em sete cidades pela Argentina, a Copa América só chegou em Buenos Aires para a final de amanhã entre Uruguai e Paraguai, às 16 horas, no Monumental de Nuñez. A capital correu o risco de nem sequer receber o último jogo, por causa da depredação do estádio no rebaixamento do River Plate, uma semana antes do início do torneio. Mas todas as obras de recuperação foram feitas e ontem o palco da decisão já estava bem parecido com o dia 26 de junho, antes de a torcida destruir assentos, portões, alambrados e banheiros. Eram feitos apenas retoques, como a colocação de placas publicitárias.
Um dos pontos fracos da competição, o gramado do Monumental está em boas condições. Foi o péssimo estado do campo um dos motivos que impediu de ser levada adiante a ideia de transferir a decisão para o Estádio Ciudad de la Plata, além da capacidade menor de público.
Sem a dona da casa ou o Brasil na final, só o que lembra a realização da partida em Buenos Aires são torcedores uruguaios e paraguaios pelas ruas. Ontem, aliás, eles se juntaram para protestar contra a falta de ingressos, fechando por alguns instantes a Avenida Figueroa Alcorta, no bairro de Nuñez, próximo ao estádio.
A Associação Uruguaia de Futebol emitiu nota reclamando de ter recebido apenas 5.800 bilhetes para repassar aos torcedores charruas, cerca de 10% da capacidade do Monumental. Enquanto isso, ingressos são vendidos no mercado pararelo pela internet por até US$ 400 (cerca de R$ 620) para arquibancada ou US$ 2 mil (R$ 3.100) como parte de um pacote de viagem.
A carga destinada a venda oficial pela internet, no site da organização, já está esgotada desde antes da definição dos finalistas. Apenas agências de viagem, cambistas e torcedores de outros países, especialmente argentinos, que compraram o bilhete com antecedência, são opções para quem chegar a Buenos Aires sem ingresso.