Apucarana Ponto alto das festividades, a partida entre Roma e Coritiba encerrou a semana de comemoração do 62.º aniversário de Apucarana. O duelo da Série Ouro do Paranaense, porém, teve de dividir a atenção com a final do torneio amador da cidade. O clássico entre os rivais Tancredo Neves e João Paulo agitou as arquibancadas.
Jogo bem disputado, às vezes até demais, cada lance em campo se refletia no humor dos torcedores. Considerado o "time da elite", o João Paulo saiu na frente logo no começo do primeiro tempo. Foi a senha para os simpatizantes do Tancredo, em maioria no estádio, atacarem a arbitragem. Burro foi o xingamento mais brando. O resto, não se pode publicar.
E o dia não era mesmo do Tancredo, considerado o "Flamengo de Apucarana". Antes de a etapa inicial terminar, o time já perdia por 2 a 0. A fanática torcida ainda teve um sopro de felicidade, quando no início do segundo tempo a equipe diminuiu, logo após o João Paulo perder um jogador expulso.
A superioridade numérica, entretanto, não se refletiu em campo. Desesperado, o Tancredo abriu mão dos cuidados defensivos. Pronto. Era o que o burguês João Paulo precisava para ampliar (3 a 1) e dar a volta olímpica. Sob protestos de boa parte do Bom Jesus da Lapa.
Nada capaz de diminuir a paixão pela bola dos "tancredenses". "Nós é favelado, nós gosta disso (sic). Futebol amador é bom de mais", disse um deles, que preferiu o anonimato, enquanto saia de cabeça baixa do estádio. Coritiba e Roma? Não interessa.
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