Helsinque e Londres - A McLaren terá, em 2010, os dois últimos campeões mundiais de Fórmula 1 nos seus cockpits. Jenson Button, vencedor do campeonato encerrado no início deste mês, será o companheiro de Lewis Hamilton, ganhador em 2008. O acordo, oficializado ontem, varre do grid outro recente número 1. O finlandês Kimi Raikkonen negociava com a McLaren, mas, diante da composição 100% britânica da escuderia, decidiu tirar um ano sabático da categoria.
"As opções eram a McLaren ou nada. Kimi e a McLaren não chegaram a um acordo, então ele não continuará pilotando no ano que vem. Pelo menos não na Fórmula 1", disse o empresário Steve Robertson, responsável pela carreira do piloto, em entrevista ao jornal finlandês Turon Sanomat. Outra possibilidade, não confirmada pelo agente, seria substituir Button na Mercedes GP.
As férias forçadas não deixarão Raikkonen de bolso vazio. Dispensado pela Ferrari a um ano do fim do contrato para dar lugar a Fernando Alonso, o finlandês de 30 anos tem direito a receber os US$ 20 milhões previstos pela próxima temporada. É exatamente o dobro do que Button ganhará por cada um de seus três anos de vínculo com a McLaren.
No comunicado emitido pela sua nova equipe, Button admitiu que deixar a Brawn foi uma decisão difícil, mas explicou que a atração pela McLaren e seu passado de glórias acabou falando mais alto. Também apressou-se em negar qualquer possibilidade de atrito dentro da equipe, situação enfrentada pela McLaren em dois momentos: entre 1988 e 90, com Ayrton Senna e Alain Prost, e em 2007, com Hamilton e Alonso.
"Tenho certeza de que podemos aprender muito um com o outro, e estou ansioso por juntar nossas competências respectivas para ajudar a equipe", garantiu o novo contratado. "Conheço Jenson, e nós nos completamos muito bem. Tanto eu quanto ele desejamos que a equipe tenha sucesso. Vamos exigir muito um do outro, mas tenho certeza de que conseguiremos estabelecer rapidamente uma excelente relação profissional", reforçou Hamilton, também no comunicado oficial da equipe.
Enquanto isso, o preterido Raikkonen já começa a pensar em estratégias para ocupar seu ano fora da F-1. A participação no Mundial de Rali, em que a Finlândia tem grande tradição, ainda é uma possibilidade. A aposentadoria, por enquanto, está descartada.
"Um ano parado não afetará Kimi em nada. Ele está mais interessado em lutar por vitórias e títulos do que apenas em fazer número. A Fórmula 1 sentirá falta dele", garantiu o empresário.
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