Torcedores exibem faixa de protesto na frente da Vila Capanema| Foto: Walter Alves / Gazeta do Povo

Tricolor deve ter três mudanças

A intenção de Ageu é mexer o mínimo possível na escalação da equipe que enfrenta o Gurupi, atual campeão tocantinense, amanhã, na estreia da Copa do Brasil. "Nessa condição, não dá para ficar mudando muito a equipe.

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Interino no cargo de técnico do Paraná, o ex-zagueiro Ageu vai carregar nas costas a responsabilidade de comandar o time na estreia da Copa do Brasil, contra o Gurupi, no Tocantins. Logo depois de seu primeiro jogo como substituto tampão de Roberto Cavalo, ele clamou por reforços: "As contratações vão ter de acontecer. Só a von­­tade de vencer não basta". Mas não convenceu a diretoria. Sem novidades no elenco, o auxiliar-técnico deu a entender que vai tentar mudar os rumos do time mexendo com o lado psicológico dos atletas.

Porém acalmar o clima tem sido cada vez mais difícil na Vila Capa­­ne­­ma. No domingo, o vice-presidente de futebol Paulo César Silva foi agredido por torcedores na frente do estádio – a crise é tanta que o clube nem se posicionou oficialmente sobre o ocorrido. Ontem, novo protesto. Desta vez, pelo menos a ação foi mais pacífica, mas não menos incisiva. "Blitz na balada o pau vai quebrar!" e "O Ca­­valo já foi, agora só falta os bur­­ro [sic]" foram os conteúdos de duas faixas expostas para os jogadores. Não faltaram as tradicionais ameaças a elenco e diretoria.

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A pressão externa é grande e afeta uma equipe jovem como a do Paraná. Um dos líderes do plantel, o experiente volante Luiz Hen­­ri­­que Camargo assume o papel de psicólogo e conselheiro. "Tento conversar no dia a dia e dentro de campo para terem calma e poderem fazer o melhor. Dou conselhos, falo o que é melhor, que precisam se esforçar e correr. É o mínimo que posso fazer", revelou ele, que não mostrou muita satisfação com os resultados colhidos até agora. "Falo bastante, mas são poucos que assimilam. Isso vai de atleta para atleta. Não posso entrar na ca­­beça do cara e colocar o que ele tem de fazer. Tem de ser por ele mesmo", complementou.

Em meio a tantos problemas, Ageu – que aceitou a revolta da torcida, mas não a violência contra o dirigente – procura trunfos para recuperar o moral dos atletas. O discurso é de confiança no aparecimento de novos patrocínios e contratações que possam ajudar a fortalecer o elenco.

Depois da derrota para o Iraty, por 1 a 0, o presidente Aquilino Ro­­ma­­ni chegou a dizer para a reportagem da Gazeta do Povo que esperava anunciar novas peças para o time, inclusive um técnico, antes do início da Copa do Brasil para o Tricolor. Ricardo Pinto é o mais cotado para a função à beira do gramado, mas ainda não chegou a um acerto com o clube. Quan­­to a jogadores, a cúpula só diz estar trabalhando. "Vem mais gente, mas não sei quando. Depende de várias questões. A maioria dos jogadores tem vínculo com outro clube. Tem de ir devagar, com calma", resumiu Romani.