A sexta-feira foi especial para Anderson Gomes. Pela primeira vez na carreira, o atacante de 21 anos marcou três gols na mesma partida. Correu para a torcida, abraçou o Vô Coxa e ajudou o Coritiba a golear o América-RN por 5 a 1. Uma atuação surpreendente para quem há dois anos treinava sozinho no Parque Barigüi. Apenas uma afirmação para quem desde criança, quando ainda torcia pelo Paraná, era incentivado pelo pai a chutar com os dois pés, foi dispensado do Atlético e, para a alegria da torcida alviverde, despontou no Alto da Glória embalado pelas canções dos ídolos Bruno e Marrone.
Apelido No clube o pessoal diz que eu sou o Pombo, por ter o peito estufado, para a frente. E por causa da cabeça grande, alguns me apelidaram de Cabeção.
Clube da infância Acompanhava o meu pai, que era paranista. Então quando eu era criança, torcia para o Paraná. Mas agora o meu time de coração é o Coritiba. E meu pai torce por mim, por isso virou coxa-branca. Mas ele sempre dá uma olhadinha no Paraná.Pontos positivos Desde pequeno meu pai me aconselhava a chutar com os dois pés. Ele me levava na pracinha e dizia: atacante tem de saber bater bem com os dois pés. Aprendi a chutar tanto com a direita quanto com a esquerda.
Pontos negativos Tenho de evoluir em tudo praticamente. Estou só começando no futebol. Mas o cabeceio talvez seja o principal.Eu jogo como... Procuro me espelhar no jogo do Tevez. Ele é um cara raçudo, mas que tem habilidade e técnica.
Melhor momento da carreira O melhor momento é agora. Estou conquistando o meu espaço, com muito trabalho e dedicação. Foi a primeira vez que eu consegui marcar três gols numa mesma partida (contra o América-RN) como profissional.
Pior momento Foi quando eu fiquei sem clube, logo depois de ter sido dispensado pelo Atlético em janeiro de 2004. Treinei sozinho durante um mês no Parque Barigüi. Até brincava que o Barigüi era o meu CT. Ficava lá, sozinho, sem saber o que ia acontecer. Carreira Quero pegar seleção, jogar Copa, ir para algum clube na Europa, talvez um Real Madrid ou um Barcelona, por exemplo. Melhor jogador que enfrentou Ano passado eu enfrentei o Batatais quando ele estava no Cruzeiro e foi muito difícil. O Scheidt, do Botafogo, por ser experiente, também é complicado de se jogar contra.
Melhor jogador com quem jogou O Alberto, o próprio Jefferson, o William... Eles são o meu ponto de referência .
Melhor elogio Lembro da vez em que eu estava subindo no ano passado para o profissional e o Antônio Lopes disse que eu teria um futuro brilhante. Guardei esse elogio com muito carinho. E no Atlético, no único momento que eu acho que me valorizaram lá, o Vadão comentava que eu seria um grande jogador.Maior influência Minha família e a minha namorada. São as pessoas que sempre estiveram comigo, em todos os momentos.Música Sertaneja. Gosto muito do Bruno e Marrone. Estou ouvindo agora aquela música da pescaria ("Que pescar que nada"), já que nos meus momentos de folga eu e meu pai saímos para pescar.Carro Não penso muito em carro. Ando com um Corsa do meu pai e ainda não apareceu nenhum carro dos sonhos.Se eu não fosse jogador de futebol... Sempre tive na minha cabeça que seria jogador de futebol mesmo. Mas meu pai trabalha num escritório de contabilidade, e por estar no meio, sempre pensei na possibilidade. Tranquei a faculdade há pouco tempo, fiz um ano e meio de Educação Física.Em cinco anos pretende estar... Espero ter conseguido bastante coisa. Há um ano eu era um atleta do júnior sem reconhecimento, por isso é difícil comentar como vou estar daqui a cinco anos. Mas com certeza já quero ter vestido a camisa da seleção brasileira e ajudado o Coritiba a voltar à Primeira Divisão.
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