Cabeças que (ainda) rolam...

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As mudanças dentro do Atlético não pararam na substituição de Geninho por Adilson Batista no comando técnico. Nos bastidores, comenta-se que tão logo Marcos Malucelli, presidente do clube, volte a Curitiba (retorno programado para este fim de semana), novidades serão anunciadas. Não está descartada outra leva de demissões.

... Sempre guardam mágoas

Na saída, tão logo terminou a entrevista oficial, Geninho saiu atirando para todos os lados. E elegendo culpados pela demissão. Para o treinador, campeão brasileiro pelo Rubro-Negro em 2001, Enio Fornea, vice de finanças, e Ademir Adur, espécie de consultor da diretoria, "foram fundamentais" na decisão da presidência por trocar de técnico.

Ingratidão

Geninho também não gostou nada da postura do departamento de futebol – leia-se Valmor Zimmermann e Ocimar Bolicenho – durante todo o processo de demissão. "Fizeram de tudo para eu vir, mas não moveram uma palha para eu não cair", cravou o treinador.

Eleição (1)

São esses os resquícios da crise que MM terá de administrar a partir de amanhã. Além, é claro, do espinhoso processo eleitoral que a cada dia ganha força dentro do clube – as eleições para as presidências dos Conselhos Deliberativo e Administrativo serão no fim do ano.

Eleição (2)

Malucelli tenta convencer o vice, Enio Fornea, a concorrer pela situação. Apesar do silêncio sepulcral sobre o assunto, Fornea dá indícios de que pode aceitar a missão. Entre outras coisas, o dirigente tem sido visto com bem mais frequência no clube.

Solidário, menos com o Coritiba

O Jogo da Solidariedade promovido na semana passada pelos ex-jogadores Alcindo e Paulo Rink para arrecadar fundos (rendeu R$ 369 mil) para as vítimas das enchentes no litoral paranaense e do Tsunami no Japão encheu as arquibancadas da Arena. Porém quem foi ao estádio reclamou dos seguranças contratados para o evento, que não permitiam o acesso dos torcedores com a camisa do Coritiba – por motivo de segurança, alega-se. Um coxa-branca mais revoltado fez a pergunta que ficou sem resposta: "Na Copa vai ser assim também?"

Agora vai...

Nos bastidores do jogo, o secretário estadual para assuntos da Copa, Mario Celso Cunha, avisou que as obras de adequação da Arena ao padrão Fifa começam em junho.

... Mas para onde?

O Atlético, porém, ainda não sabe para onde irá se mudar com o fechamento do estádio. A visita de cortesia do presidente coxa, Jair Cirino, a Gláucio Geara, presidente do Conselho Deliberativo rubro-negro, durante o amistoso, contudo, indicam que o Couto Pereira não pode ser descartado como casa promisória.

Pleito marcado (1)

Os bastidores do Paraná vão ficar agitados durante a disputa da Série B deste ano. Em assembleia realizada na última quinta-feira foram definidas as datas para a eleição do corpo transitório do Conselho Deliberativo e para e escolha do novo presidente do Conselho Diretor do clube, cargo atualmente ocupado por Aquilino Romani.

Pleito marcado (2)

A votação envolvendo o Deliberativo ocorre em 5 de outubro, um dia após a disputa da 28.ª rodada da Série B. Já as eleições para a presidência tricolor serão em 9 de novembro, a três rodadas do fim da Segundona, logo depois da 35.ª rodada.

Explicação

O atual presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Barboza, espera que o clima de disputa fora das quatro linhas não tenha reflexos dentro do gramado – apesar de a história apontar para o contrário. Segundo ele, as datas escolhidas estão previstas no conjunto de leis que rege o Paraná. "O estatuto determina as eleições do Deliberativo na primeira quinzena de outubro e do Conselho Diretor um mês depois", justificou.

No vermelho, mas aprovado

Também na reunião que definiu as datas das eleições foi aprovado por unanimidade o balanço financeiro de 2010 do Paraná. O clube fechou o ano passado com um déficit de cerca de R$ 7 milhões. No exercício de 2009, o prejuízo havia sido de pouco mais de R$ 5,5 milhões.

Ressalvas

O vice financeiro paranista, Celso Bittencourt, explica que existem duas ressalvas nas contas. Dentro do valor de aproximadamente R$ 7 milhões, estão incluídos R$ 3,1 milhões de uma ação trabalhista que o médico Jonathan Zaze movia contra o Paraná. No entanto, as duas partes já chegaram a um acordo e a ação foi extinta, o que reduz o valor do déficit. O Paraná também contesta uma dívida de cerca de R$ 2,5 milhões com o Vitória. Os baianos dizem ter direito ao valor em decorrência da negociação envolvendo o atacante Flávio Guilherme, feita em 2001.

Produção Adriano Ribeiro, Angelo Ricardo Binder e Carlos Eduardo Vicelli.