Madson parte para a bola durante treino do Atlético: atacante já sentiu o peso da rivalidade local| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Lucas volta ao estádio que "batizou"

Já faz quase 12 anos, mas para Lucas parece ontem. Dia 24 de julho de 1999, jogo contra o Cer­­ro Porteño. Luisinho Neto pegou a bola na direita, cruzou para o meio da área e o atacante se an­­tecipou à zaga paraguaia pa­­ra cabecear no fundo da rede – o jogo terminou 2 a 1 para os rubro-negros. O primeiro gol da remodelada Arena.

Agora, diante da expectativa de voltar a jogar no estádio atleticano, hoje, contra o Iraty, Lu­­cas lembra com saudade daquele gol que o deixou marcado na história do clube. "Lógico que sempre bate a nostalgia", confessou o jogador, garantindo que o retorno não está tirando seu sono.

"A ansiedade foi só no primeiro jogo. É um campo gostoso de jogar, com a torcida do nosso lado, dá mais confiança ainda. Estou bem motivado. Tomara que saia o gol", disse o atleta, que reestreou oficialmente pelo Furacão na última rodada, na vitória por 2 a 1 sobre o Corin­­thians-PR no Jan­­guito Malucelli.

Na ocasião, o atacante teve uma atuação discreta, conseguindo dar apenas um chute a gol, após uma tabela com o meia Madson. Porém, Lucas fez uma boa avaliação do seu retorno ao futebol brasileiro. "[A minha atuação foi] de média para boa . Eu tenho que ser consciente que não foi excelente, mas a equipe venceu e isto foi o ponto forte. Agora é ter confiança para nos próximos jogos tentar melhorar ainda mais", resumiu o camisa 9, assumindo que a falta de entrosamento com os novos companheiros ainda faz a diferença.

Outro episódio marcante na vida de Lucas na Arena ocorreu também em 1999, mas no dia 31 de julho. Em resposta ao atacante Romário e ao goleiro Clêmer, que jogavam no Flamengo e afir­­maram não conhecer o en­­tão jovem atleta atleticano, o atacante fez um gol e saiu para as câmeras de televisão repetindo a frase "eu sou o Lucas". Hoje a ideia dele não é fazer o mesmo, mas tentar se reapresentar fazendo gols.

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Adversário

Azulão lamenta possíveis baixas

O Iraty chega a Curitiba com algumas dúvidas para o jogo da terceira rodada do Estadual, contra o Atlético, na Arena. O desempenho crescente do rival, com uma derrota e uma vitória, não é o que mais assusta a equipe do interior. O motivo da dor de cabeça do técnico Gilberto Pereira são os possíveis desfalques do Azulão para o embate: Arthur, Marquinhos e Bugiga estão lesionados; Renê, Sílvio e Gilvan, gripados. "Espero o aval do departamento médico para escalar os atletas. Depois do empate contra o Roma, não conseguimos treinar por conta do excesso de chuva. Trabalhamos em um ginásio para manter os jogadores em atividade", conta o treinador. Em terceiro lugar na tabela, o Azulão tem a mesma campanha do oponente da capital.

Atlético x Iraty

Curitiba, 17h

Atlético: João Carlos; Wagner Diniz, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Alê, Paulo Baier, Branquinho e Madson; Guerrón e Lucas. Técnico: Sérgio Soares.

Iraty: Renato; Marlon, Renê, Gilvan e Bugiga (Wendell); Diogo, Sílvio, Bruno, Clayton; Eydison e William. Técnico: Gilberto Pereira.

Estádio: Arena. Árbitro: Adriano Milczvski. Auxs.: Wesley Waldir Marmitt e Jefferson Cleiton Piva da Silva.

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O Atlético enfrenta o Iraty hoje, às 17 horas, na Arena da Baixada, preocupado em não ver o título do primeiro turno do Estadual ficar muito distante logo no início da disputa.

A derrota na estreia para o Arapongas (2 a 1) e a largada eficiente do rival Co­­ri­­tiba, que manteve a base do ano passado e já aparece sozinho na liderança do campeonato, pressionam o Furacão a não dar mais margem a tropeços, menos ainda dentro da Baixada.

Até porque o primeiro confronto direto com o Al­­viverde será no Couto Pereira, na 10.ª rodada, dia 20 de fevereiro. E mantendo o atual cenário, teria de vencer fora de casa e superar o oponente nos critérios de desempate para garantir uma vaga na decisão.

No Atlético, mesmo faltando um mês para o encontro que deve ser decisivo, a necessidade da recuperação é uma realidade – e uma necessidade. É o que admite o zagueiro Rafael Santos.

"Nós temos de correr atrás dos três pontos até porque saímos atrás. Acredito que a cada jogo temos de primeiro fazer o nosso trabalho. Tenho certeza de que o Coritiba também pode tropeçar", afirma o jogador rubro-negro.

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Até mesmo aqueles que chegaram há duas semanas no clube sentiram como é a disputa entre os dois clubes do estado que disputam a Série A.

"Você vê os torcedores falando que não pode perder para o Coritiba. Deu para perceber que a rivalidade é muito grande. Dentro de campo também deve ser assim", diz o meia Mad­­son.

Alê, o único volante de ofício no atual time rubro-negro, conhece na prática o antagonismo. Dois amigos seus moram em Curitiba e são torcedores alviverdes – o que o fez conhecer bem de perto a maior rivalidade do estado. "Eles gostam de mim, mas estão sempre torcendo para o Coxa. Mas eu falei que este ano com certeza vai dar a gente", provoca.

A preocupação em não permitir que o líder dispare na tabela – vale até dar uma secada no adversário – envolve a obrigação de não tirar o foco de cada embate, pa­­ra evitar novas desagradáveis surpresas. Sérgio Soares faz o alerta.

"O Coritiba fez os seus resultados e nós temos de procurar fazer os nossos para, quando tiver o confronto direto, podermos igua­­lá-los ou passá-los", fala o técnico, confiante na evolução da sua equipe e na segunda vitória consecutiva no Para­­naense.

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Ven­­cer o Iraty é fundamental para continuar na caça ao título da primeira metade do torneio – até porque o clássico de amanhã, entre Paraná e Coritiba, pode igualar as coisas para o Atlético. Assim desejam os rubro-negros.

Ao vivo

Atlético x Iraty, às 17 horas, na Rádio 98 (FM 98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo