São Paulo – A equipe mudou, mas o objetivo de Cacá Bueno em 2006 continua o mesmo: conquistar o inédito título da Stock Car. Há três anos o piloto carioca amarga o vice-campeonato. Mas o final da última temporada, quando ficou apenas um ponto atrás de Giuliano Lossaco, aliado ao panorama de algumas provas da competição, fez com que Cacá resolvesse mudar de ares.

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Em termos geográficos, a mudança nem foi tão grande. A sede continua sendo Curitiba, e Cacá apenas trocou a Action Power, de Paulo de Tarso, pela EurofarmaRC, de Meinha. Agora, a grande aposta do piloto está no trabalho de equipe, um dos fatores que aponta como determinante para a perda do título no ano passado.

"Foram três anos na Action Power e estava na hora de mudar. O Neto (Antônio Jorge, seu novo companheiro de equipe) também foi um fator importante para minha decisão. Pois acho ele um dos cinco melhores pilotos da categoria e vamos poder trabalhar mais em equipe, o que me faltou um pouco no ano passado", afirmou Cacá, ontem, no lançamento do novo carro da EurofarmaRC, em São Paulo.

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Embora o piloto tente evitar falar sobre a antiga casa, revela uma mágoa ao lembrar da etapa de Londrina em 2005, quando se envolveu em um acidente com o então companheiro de equipe, Tiago Marques, e acabou fora da prova. "Aí fica difícil quando o seu companheiro bate em você", disse.

Os treinos para a estréia da temporada 2006 da Stock Car começam hoje, em São Paulo. A prova é domingo. Só então os dois pilotos poderão ter uma noção de como estarão em relação outras equipes e pilotos da modalidade. Entretando, todos na RC têm a consciência de que o caminho será ainda mais duro esse ano.

Além das novas regras – superpole e playoffs nas últimas quatro corridas – a equipe curitibana também terá de correr para acertar o novo carro, já que, embora os motores sejam iguais para todos, a carenagem da equipe mudou do Astra para o Mitsubishi Lancer.

"Parece pouco, mas com tudo nivelado, o acerto da carenagem é um fator muito importante", afirma o comandante da RC, Rosinei Campos, o Meinha, quem terá também de garantir, efetivamente, o trabalho em equipe tão comentado por Cacá. "Trabalhar com dois pilotos competitivos aumentará bastante as nossas chances, mas também a cobrança. Pois nenhum dos dois vai aceitar ser tratado com inferioridade", completa.

O jornalista viajou a convite da EurofarmaRC.

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