O dia seguinte ao clássico com o Atlético foi difícil para Caio Júnior. Dividido entre digerir a eliminação da Copa Sul-Americana e motivar o time para o jogo contra o Corinthians, fundamental para consolidar a reação do Paraná no Brasileiro, o treinador precisou de paciência e tato para lidar com diferentes problemas durante o treino de ontem pela manhã.
O primeiro foi um bate-boca entre o volante Serginho e o zagueiro João Paulo, que levou o comandante a improvisar uma reunião no meio do gramado. Todo o elenco, incluindo os atletas que estavam em tratamento, foram chamados para uma espécie de lavagem de roupa suja. E o resultado acabou sendo positivo na avaliação de jogadores e técnico.
"Achei que deveria resolver com o grupo, de forma aberta. E foi bom. Foram expostas algumas situações, conversamos bastante e saímos fortalecidos. Nessa hora tem de pôr a cara para bater", afirmou Caio Júnior, satisfeito com a reação do grupo.
Maicosuel foi a segunda chateação de Caio. Com febre e a garganta inflamada, o meia foi vetado para o jogo com o Corinthians, amanhã, em São Paulo. A notícia aborreceu o treinador, que abriu mão do jogador no clássico para a realização de um trabalho específico de reforço muscular durante a semana. A intenção era recuperá-lo do desgaste sofrido com o atual ritmo de duas partidas por semana e deixá-lo em forma para a missão na capital paulista.
Desde o fim do primeiro turno coincidentemente, quando foi elogiado pelo técnico da seleção brasileira Dunga , Maicosuel vem caindo de rendimento. Uma das razões para a queda foi a perda da potência ocasionada pela falta de trabalho específico.
"Com duas semanas sem esse tipo de exercício, a gente perde força naturalmente. Mas ele perde mais rápido. É uma questão genética que o próprio Caio Júnior também tinha", afirmou o preparador físico do Tricolor, Marcos Walczak.
Ontem, Maicosuel foi chamado na sala do presidente José Carlos de Miranda por ter chegado atrasado ao treino sem avisar a comissão técnica.
"Falei para ele que era um privilegiado por ter o dom do futebol e que tem tudo para vencer. Lembrei de todas as dificuldades que ele já passou no clube, de ter que provar seu valor jogando nos juniores, e do apoio que recebeu de mim", explicou o dirigente. "Deu para ver na cara dele que estava doente, mas não justifica não ter ligado para avisar. É um bom garoto, mas nessa idade há uma certa rebeldia. Usei meu exemplo. Nessa época eu era sargento e queria mudar o mundo", complementou, contando a leve e não-assumida bronca que deu no meia.
A conversa foi bem aceita pelo garoto, que diz considerar o dirigente não como o presidente do clube, mas como um pai ou um avô.
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