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A série de cinco derrotas do Paraná – quatro partidas pelo Brasileiro e uma pela Copa Sul-Americana – começou a ser quebrada ainda antes de a bola rolar ontem no Pinheirão. Convocado por Caio Júnior, o presidente do clube, José Carlos de Miranda, participou da preleção do técnico. De acordo com o treinador, foram as palavras de incentivo do cartola que fizeram o Tricolor se recuperar no Brasileiro e vencer o Fluminense por 1 a 0. "Só posso enaltecer o apoio do presidente. Nos momentos mais díficeis ele sempre esteve presente, ajudando na reabilitação. E hoje (ontem) todos se emocionaram com o discurso que ele fez no vestiário. Mexeu com os jogadores", afirmou Caio, que durante a má fase foi contestado por parte da torcida.

Conhecido por dar sustentação ao trabalho dos técnicos que passam pela Vila Capanema, a intervenção de Miranda serviu também para mostrar que a diretoria continua apostando em Caio Júnior. "Falei com os atletas sobre a nossa origem, sobre a essência do paranismo. Confio no time e apenas relembrei que é a união que nos torna mais fortes", comentou o dirigente.

Miranda, no entanto, deixou a comemoração pelo triunfo que garantiu ao Paraná a sexta colocação da Série A em segundo plano. O cartola uma vez mais teceu duros comentários contra parte da imprensa. "Tem gente querendo nos desestabilizar. Ao invés de publicarem reportagens do estado, estampam na capa os times de São Paulo", opinou ele, demonstrando ressentimento incomum.

Mais sensato, Caio Júnior preferiu enaltecer a volta da auto-estima tricolor, que com a vitória sobre o Fluminense ganha moral para enfrentar o rival Atlético, quarta-feira, na Arena, pela Sul-Americana. Derrotado por 3 a 1 no primeiro jogo no Pinheirão, o Paraná precisa vencer por 3 a 0 – ou por mais de dois gols de diferença desde que balance a rede pelo ao menos quatro vezes – para enfrentar o River Plate na segunda fase da competição internacional. "Não temos nada a perder. Na Baixada vamos correr todos os riscos possíveis", disse.

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