O governo estadual deu o primeiro passo concreto para tirar a Copa do Mundo em Curitiba do papel. Em Foz do Iguaçu, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Orlando Pessuti, assinou cinco contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal para obras de mobilidade. O compromisso foi firmado a portas fechadas, durante a inauguração da UPA Unidade de Pronto Atendimento da cidade. No total, serão liberados pelo banco cerca de R$ 230 milhões, dinheiro do "PAC da Copa".
Cada documento engloba uma obra. A maior delas será o eixo metropolitano, que ligará Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais, São José dos Pinhais, Araucária e Fazenda Rio Grande. Apenas nesta primeira fase, a obra custará R$ 130,7 milhões o total está estimado em cerca de R$ 500 milhões. Também sairão do papel a via de integração radial (que fará o acesso do eixo com Curitiba), a requalificação do corredor da Marechal Floriano, o sistema de monitoramento e o corredor que ligará o aeroporto à rodoferroviária.
"Agora não tem mais volta", avisou Algaci Túlio, secretário especial para Assuntos da Copa de 2014. A prefeitura deverá assinar o financiamento com o banco apenas daqui a duas semanas R$ 211 milhões. Até lá, também já deverão estar definidas as regras para a conclusão e reforma da Arena da Baixada. Após o feriado, o governo estadual e o poder municipal deverão enviar, respectivamente, os projetos de lei para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Vereadores.
Serão essas duas leis que, se aprovadas pelas casas, permitirão que o governo estadual empreste dinheiro para a construtora encarregada da obra, pegando como garantia apenas créditos relativos ao potencial construtivo de Curitiba.
Hoje, contudo, uma audiência pública da bancada do PT pretende discutir a utilização do potencial construtivo com os vereadores. Alguns ainda demonstram certa resistência sobre o assunto.
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