Campeã mundial de tae kwon do e vencedora do prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta na categoria feminina, oferecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no ano passado, a maringaense Natália Falavigna terá um 2006 digno dos títulos que ostenta. A falta de patrocínio e, conseqüentemente, a dificuldade para participar de competições de alto nível que atormentaram seu passado recente não serão mais problemas. Bancada pelo COB e pela Bombril (empresa que já oferecia apoio à lutadora), Natália disputará este ano as competições mais importantes da modalidade.
O apoio vindo do COB, via Lei Agnelo-Piva, depende ainda da disputa da seletiva que formará a equipe olímpica do Brasil, a ser realizada na semana que vem. Entretanto, com apenas um combate programado, Natália não deverá ter dificuldades. Sendo assim, a paranaense finalmente poderá esquecer os campeonatos sem adversárias que já teve de "enfrentar", pois, devido ao grau de excelência que atingiu, passou a não encontrar oponentes em sua faixa de peso (até 72kg) em tatames nacionais. "Não receberei um tratamento diferenciado, é que a minha necessidade de lutar fora do país é maior, pois tenho poucas adversárias por aqui".
Com as condições de rodar o mundo no circuito do primeiro escalão do tae kwon do, ela estará frente a frente com as expoentes da arte marcial durante o ano todo. "As viagens serão muito importantes para que eu ganhe experiência e maturidade", revelou a jovem de 21 anos.
Entre as principais competições internacionais previstas para 2006 estão a 15.ª edição do Aberto dos Estados Unidos, o Mundial Universitário na Espanha, uma etapa da Copa do Mundo na Tailândia e o Pan-Americano da modalidade, na Argentina. Oportunidades e milhagens de sobra para a revelação do esporte brasileiro confirmar a ascensão na carreira e, quem sabe, despontar como favorita ao ouro no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, e na Olimpíada de Pequim, um ano depois. Nos Jogos de Atenas, Natália foi a quarta colocada. "Já consegui me sobressair, agora preciso continuar subindo nos pódios internacionais", declarou.
Outro fator que deve impulsionar a carreira de Natália é a mudança de clube. Ex-atleta da Ponte Preta, ela se manteve no estado de São Paulo, mas defenderá agora o São Caetano, equipe do ABC paulista. "O apoio será maior e eu estarei ao lado dos principais lutadores do país", considerou. Além disso, a cidade briga pelo título dos Jogos Abertos do Interior, segundo ela, mais uma motivação para mostrar um bom trabalho.
Para fechar de vez a questão fora dos tatames, Natália ainda busca mais um patrocínio de uma empresa privada, mas já se sente confortável com o novo cenário em torno de sua preparação. "Fico feliz que as coisas estão melhorando e quero continuar mostrando o meu valor".
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Deixe sua opinião