A inédita rodada de derrotas do trio Coritiba, Atlético e Paraná no Campeonato Paranaense tem um vilão: o calor. O termômetro passou dos 30 graus nos três estádios em que as equipes da capital jogaram. O ápice foi em Bandeirantes, onde a sensação térmica no sol era de 40 graus. Uma verdadeira fornalha. E nesse caso, a frase feita de que o sol brilhava para os dois lados não cola.
Coxas-brancas, atleticanos e paranistas estiveram em campo até o começo de dezembro, na disputa do Campeonato Brasileiro. E só voltaram das férias no início de janeiro, dez dias antes do início do Estadual. Sem o tempo adequado de preparação, tiveram de encurtar o período de treinamentos físicos e trabalhar mais cedo com bola. Já os times do interior passaram dezembro treinando e chegaram à primeira rodada com o fôlego em dia.
É claro que a curta pré-temporada não deve ser apontada como a única razão para as três derrotas de ontem. A defesa do Atlético que sofreu três gols é a titular, que deve disputar os principais torneios da temporada. O Paraná parece ainda não ter um time capaz de encerrar o jejum doméstico. E o Coritiba, se continuar a anunciar a contratação de reforços a cada tropeço, corre o risco de terminar o Estadual com um elenco de futebol americano no Alto da Glória.
Quem sobe ?Alvirrubros
Os alvirrubros Paranavaí e Rio Branco estão dando as cartas no Paranaense, após duas rodadas. O ACP leva vantagem sobre a Adap nos critérios de desempate no grupo B. Já o Leão, com a base do Paranavaí vice-campeão em 2003, é líder isolado no A.
Quem desce ?Coritiba
O ano de 2005 parece não ter acabado para o Coritiba. Com um time pior do que o rebaixado à Série B, o Coxa demonstrou, em duas rodadas do Estadual, que está muito distante de ter um time digno de retornar à elite do futebol brasileiro.
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