A Câmara Municipal de Curitiba aprovou ontem um requerimento, de autoria do vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB), sugerindo que a prefeitura suspenda os repasses de títulos de potencial construtivo crédito virtual concedido pelo poder público municipal para se construir imóveis de tamanho acima do estabelecido pela legislação ao Atlético até que as denúncias de irregularidades no clube sejam esclarecidas.
A sugestão não tem força de lei, e pode ou não ser acatada pela gestão Luciano Ducci. Até o momento, já foram repassados R$ 30 milhões em títulos ao clube.
É por meio do potencial construtivo que o poder público prefeitura e governo estadual se comprometeram a bancar dois terços da reforma da Arena da Baixada para a Copa-2014.
Segundo Braga Côrtes, o requerimento foi apresentado por causa das denúncias feitas pelo ex-diretor jurídico da CAP S/A sociedade de propósito específico criada pelo Atlético para gerir a obra no estádio , Cid Campêlo Filho. De acordo com ele, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, estaria beneficiando as empresas Kango Brasil Ltda. e Carlos C. Arcos Ettlin Arquite(c)tura. As duas empresas pertencem, respectivamente, a seu filho e seu primo.
"É uma denúncia gravíssima que faz com que nós vereadores tenhamos que tomar uma atitude, no sentido de pelo menos segurar o restante que tem", afirma o vereador.
O político nega que esse posicionamento seja motivado por sua ligação afetiva com o Coritiba. "Quem sofre com isso é o próprio Atlético, como instituição, e a população, pois é um recurso público que está sendo mal aplicado."
O requerimento foi apresentado no formato de sugestão. Os títulos são liberados por decreto do prefeito, seguindo lei aprovada em 2010 ou seja, não passam por aprovação na Câmara. Hoje, a prefeitura pode repassar mais R$ 60 milhões ao clube, pois o teto máximo, segundo a lei em vigor, é de R$ 90 milhões.
Havia um projeto em discussão para aumentar o valor para R$ 123 milhões, mas foi retirado pela prefeitura na semana retrasada para passar por ajustes.
De acordo com o secretário municipal da Copa do Mundo, Luiz de Carvalho, desde antes do surgimento das denúncias, não havia previsão de repasses para o Atlético. Ele frisa, entretanto, que a polêmica é assunto interno do clube e que a prefeitura vai cumprir com suas obrigações contratuais com o clube. Ele diz, ainda, que seria irresponsável tomar qualquer atitude baseado em notícias de jornal, e que a prefeitura aguarda um posicionamento oficial do Tribunal de Contas.
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