Leia a nota da PM na íntegra:
O vídeo já chegou ao conhecimento do Comando do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o qual está determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar o que realmente houve. E caso fique comprovado que os policiais agiram irregularmente, eles serão punidos conforme prevê a Lei.
O Comando do BOPE também esclarece que não compactua com nenhum tipo de atitude que vá de encontro a todo e qualquer direito dos cidadãos, mas por "estarmos em um estado democrático de direito, e respeitando os dispositivos constitucionais, os policiais têm direito a ampla defesa e ao contraditório".
O Comando do BOPE reitera que tem sido enfático em relação aos direitos dos cidadãos, mas somente será sabido o que realmente aconteceu ao término do procedimento instaurado.
Uma mobilização de torcedores do Coritiba antes do jogo contra o Vasco, na noite desse sábado (17), terminou em confusão, registrada em vídeo e publicada em um site de compartilhamento de arquivos. As imagens mostram uma torcedora sendo abordada de forma violenta por policiais da Rone, batalhão de operações especiais da Polícia Militar (PM).
No vídeo, a jovem é encostada em um estabelecimento comercial e tem sua cabeça empurrada contra a porta de aço. Após poucos segundos, a autora do vídeo é impedida de continuar a filmagem.
A torcedora que aparece nas imagens é a estudante Ana Paula de Lima, 18 anos. Ela conta que a abordagem policial começou na Praça Santos Andrade, onde integrantes de uma torcida organizada se encontrariam para uma caminhada, chamada de "Caminhada pela Paz".
"Os policiais passaram e perguntaram quem era o responsável [pelo encontro]. Mais tarde, sem mais nem menos começaram a bater em todo mundo, até em mulheres. Resolvi filmar tudo", conta a estudante.
Segundo ela, ao perceber que estavam sendo filmados, os policiais pediram para ela apagar as imagens. "Eles pediam insistentemente. Como perceberam que eu não faria isso, vieram para cima com violência. Seguravam meu cabelo e empurravam minha cabeça contra a porta. Fizeram isso umas cinco ou seis vezes", afirma. A estudante nega que possa ter desacatado os policiais.
Ana Paula afirma que tem hematomas pelo corpo e fará exame de corpo de delito. A estudante registrou a ocorrência e pretende adotar medidas judiciais.
Contatada pela reportagem, a assessoria da PM divulgou uma nota em que diz que um processo administrativo foi aberto para apurar o ocorrido. Caso fique comprovado que os policiais tenham agido irregularmente, haverá punição de acordo com a lei, completa a nota.
Assista ao vídeo:
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