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A paranaense Natália Falavigna avalia 2006 como um período de experiências. O foco da lutadora era apenas uma evolução tática e técnica no tae kwon do. Imagine então se a prioridade fosse os resultados.

Em um ano "sem compromissos", a atual campeã mundial até 76 quilos foi ao exterior cinco vezes e voltou com três medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze. Foi campeã mundial universitária e venceu ainda os abertos da Coréia do Sul e da Bélgica.

"Estava mais em busca da minha performance do que de resultados expressivos. Meus grandes focos foram o Mundial Universitário e o Aberto da Coréia. Foram as duas competições que me preparei um pouco melhor e consegui a medalha de ouro", avalia Natália, que não esconde ter utilizado o ano que se encerra para, na linguagem futebolística, ganhar "ritmo de jogo".

Entre as experiências positivas da lutadora esteve um curto período de treinamentos com o cubano tricampeão mundial Nelson Miller, atual técnico da Holanda.

"Em 2006 pude viajar bastante, que era pelo que eu sempre brigava. Pude lutar com minhas principais adversárias e realmente evolui. Depois do título mundial, eu continuo com perspectivas muito boas para 2007 e 2008."

Outra experiência marcante foi o reencontro, por duas vezes, com a maior rival, a inglesa Sarah Stevenson. Mas ao contrário da final do Mundial, em 2005, na Espanha, dessa vez Natália acumulou duas derrotas. Contudo, em disputas acirradas, nas quais foi derrotada por um ponto no Aberto do EUA e no desempate no da Holanda.

A outra derrota da paranaense neste ano foi na final do Pan-Americano da modalidade, na Argentina, para a canadense Dasha Peregoudova.

"Esse ano perdemos três vezes. Duas delas no ponto de ouro (desempate) e a outra por um ponto de diferença. Isso dá uma média muito boa para quem estava tentando coisas diferentes. Nesse ano mudei muito meu aspecto técnico e em 2007 será só lapidar".

Natália acredita estar próxima do ápice. A idéia é chegar neste ponto no ano que vem, quando terá pela frente as duas competições mais importantes no calendário desde a conquista de 2005: o Mundial da China, em maio, quando defenderá o título, e os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em agosto – competição em que obteve a vaga na semana passada. O que falta para a melhor forma? Pouco.

"Maturidade, que vai vir com o tempo. E o clima das competições internacionais, a convivência. Já tinha um pouco disso e adquiri mais, mas quanto mais melhor", analisa a atleta que evita prognósticos. "Seis meses é muito tempo para prever algo. Muita coisa pode acontecer".

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