Nadzeya Ostapchuk, campeã no arremesso de peso, foi pega no doping e perdeu a medalha de ouro| Foto: Reuters

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta segunda-feira (13) que a bielorussa Nadzeya Ostapchuk vai perder a medalha de ouro conquistada no arremesso de peso nos Jogos Olímpicos de Londres, finalizado no domingo, após ser flagrada em exame antidoping.

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Ostapchuk testou positivo para a substância metenolona, esteroide anabolizante proibido pela Agência Mundial Antidoping, em duas amostras, colhidas antes e depois da disputa do arremesso de peso. A final da modalidade foi realizada na segunda-feira passada.

"O Comitê Olímpico da Bielo-Rússia foi solicitado a devolver ao Comitê Olímpico Internacional a medalha, o diploma e o bottom concedidos à atleta, assim que possível", anunciou o COI, em nota oficial.

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Com a decisão, a bielorussa se tornou a primeira atleta dos Jogos de Londres a perder uma medalha por doping. A neozelandesa Valerie Adams vai herdar o título olímpico, enquanto a russa Evgeniia Kolodko ficará com a prata e a chinesa Gong Lijiao, que havia ficado em quarto lugar, receberá a medalha de bronze.

Além de Ostapchuk, outros oito atletas foram pegos em exames antidoping no período oficial de testes para a Olimpíada, a partir do dia 16 de julho. Os resultados não chegaram a afetar a distribuição de medalhas. Em um dos casos, o judoca norte-americano Nick Delpopolo foi flagrado com vestígios de maconha no exame.

Ele foi desclassificado na categoria até 73kg, assim como a corredora síria Ghfran Almouhamad, após teste positivo para um estimulante. Ela, no entanto, já havia sido eliminada da disputa nos 400 metros com barreiras.

"Acho que este é um sinal de que o sistema funciona", declarou o presidente do COI, Jacques Rogge, no domingo, ao fazer um balanço sobre o sistema de controle antidoping. O caso de Ostapchuk só foi divulgado após as avaliações gerais do COI. "Estou feliz por podermos flagrar estes casos antes e durante os Jogos", disse Rogge.

O COI tem reiterado que os Jogos de Londres contaram com o maior programa antidoping da história, com cerca de 6 mil amostras de urina e sangue. Ainda no domingo, Rogge destacou que ainda há testes sendo realizados. "Podemos ficar sabendo de novos fatos amanhã ou depois. Espero que não, mas nunca se sabe", declarou.

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