Caio Júnior é o novo técnico do Paraná para o Campeonato Brasileiro. Após a saída inesperada de Luiz Carlos Barbieri do comando, que pediu demissão ontem pela manhã, menos de 24 horas após a conquista do estadual, a diretoria do time da Vila Capanema agiu rápido e anunciou antes do fim da noite quem irá treinar o Tricolor.
Atualmente o novo comandante estava atuando como comentarista esportivo da Rádio Banda B e já havia decidido largar a curta carreira como treinador. Mas a proposta paranista, que ocorreu no final da tarde, fez com que ele voltasse atrás.
A resposta positiva ocorreu às 20 horas em ponto, limite imposto pelo presidente José Carlos de Miranda, que depois disso iria sair atrás de outros técnicos - Bonamigo, Cuca e Gílso Kleina também foram sondados. Mas Caio era o preferido do dirigente, que considera o novo comandante a encarnação perfeita do que chama "a volta do paranismo".
"O treinador do Paraná quando perde tem de ter vergonha de ir na padaria no dia seguinte", disse, para concluir com apenas um dos motivos que o fez escolher Caio. "Temos de prestigiar os que são da casa."
E na Vila Capanema Caio foi jogador durante quase todo o ano de 1997, retornou como auxiliar em 2002 e, no fim do Brasileiro, com a equipe praticamente rebaixada, assumiu o comando e manteve o time na elite. Na temporada seguinte, com o elenco reduzido, foi derrubado pelos fracos resultados no Paranense e acabou demitido.
Depois, teve uma passagem em destaque pelo Cianorte no começo do ano passado, mas acabou decidindo mudar de ramo por causa da família.
"Tinha decidido não colocar mais a minha família em certas condições como ir morar no interior e por isso resolvi virar comentarista. Mas a vida nos dá certas oportunidades que não podemos deixar passar", afirma o novo técnico, que ficou surpreso com o convite, mas ao mesmo tempo esperançoso em poder levar o clube longe no Nacional. "Voltar ao Paraná em uma Série A é muito bom. E conheço muito bem esse grupo, pois comentei praticamente 90% dos jogos."
Os comentários de Caio, na verdade, foram um dos motivos do convite. Miranda ouvia a maioria das opiniões e quase sempre concordava. Mas na hora de decidir pela contratação não houve unanimidade na diretoria Tricolor.
"Nunca as decisões são unânimes, mas a unanimidade que eu precisava, que era do meu vice-presidente, José Domingos, eu tive", afirmou, lembrando, como sempre, que a responsabilidade é dele.
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