| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

Caminho

Em busca do bi olímpico, as meninas do vôlei não terão uma tarefa fácil:

• Hoje

18h Brasil x Turquia: Em torneios continentais, a seleção turca alcançou boas colocações. Em 2011, conquistou o segundo lugar na Liga Europeia e ficou em terceiro no Campeonato Europeu.

• Segunda-feira, 30/7

12h45 Brasil x EUA: Favorita ao ouro, a seleção norte-americana conquistou os três últimos Grand Prix. Nos confrontos recentes entre as duas seleções, duas vitórias das americanas, por 3 sets a 1 e 3 sets a 2.

• Quarta-feira, 1º/8

18h Brasil x Coreia do Sul: Na última partida entre as duas equipes, as brasileiras suaram para vencer pela Copa do Mundo do ano passado. A vitória veio apenas no último set, por 3 a 2.

• Sexta-feira, 3/8

5h30 Brasil x China: Em declínio, mas sempre perigosa. No último encontro, pelo Grand Prix deste ano, as brasileiras venceram por 3 sets a 0.

• Domingo, 5/8

18h Brasil x Sérvia: Campeã europeia de 2011 e 7ª colocada no ranking mundial.

Regulamento: as 12 seleções foram divididas em dois grupos de seis equipes. Os quatro primeiros de cada chave avançam às quartas.

CARREGANDO :)

Apesar de serem as atuais campeãs olímpicas no vôlei, as brasileiras não são as favoritas ao ouro. Quem afirma é o próprio técnico do time, José Roberto Guimarães. A partir de hoje, po­­rém, as 12 jogadoras escolhidas por ele tentam mostrar que têm condições de voltar ao topo do pódio dos Jogos, correndo por fora.

O primeiro passo será nesta noite, na estreia nos Jogos de Londres, contra a Turquia, a partir das 18 horas (de Brasília), no ginásio de Earls Court.

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"Tenho dito há algum tempo que o favorito ao ouro é os EUA. Um time que tem de oito a nove jogadoras com duas ou três Olimpíadas disputadas. Só a Danielle Scott tem cinco", aponta o treinador. Em 2008, a final dos Jogos foi justamente contra as norte-americanas.

Nos últimos meses, o grupo comandado por Zé Roberto conviveu com indefinições técnicas, físicas e alterações emocionais de forma mais intensa das que já vinha acontecendo neste ciclo olímpico. A começar pela dificuldade de encontrar uma substituta à altura de Fofão para o posto de levantadora. Dani Lins vinha disputando a titularidade com Fabíola (dispensada dos Jogos) e, a partir de abril, viu-se ameaçada por Fernandinha, convocada para a Olimpíada e que deve come­­çar o torneio jogando hoje.

Some-se a isso a tensão de esperar até o último momento para saber se Natália estaria recuperada de uma cirurgia na tíbia esquerda e com condições de jogar um dia sim, um dia não na capital inglesa. Zé Roberto decidiu que sim

Além disso, houve o desgaste emocional de semanas de indefinição sobre da permanência ou não de Mari no time. Não ficou, mas não sem antes falar-se em má fase técnica, problemas pessoais e lesão da atleta. "As meninas ficaram muito tristes. A gente se arrastou um pouco na semana [que Mari foi cortada]", disse a central Thaísa.

A oposta Sheilla amenizou, dizendo que o convívio com o grupo tem sido muito bom. "Estamos bem preparadas para brigar por medalha. Desde o pré-olímpico [em abril], passando pelo Grand Prix [o Brasil foi vice-campeão pelo terceiro ano consecutivo], passou tudo muito rápido. Se não fosse um bom grupo, iria parecer uma eternidade."

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Zé Roberto diz que as dificuldades e alguns descompassos são comuns em equipes em que estão se renovando – metade do grupo brasileiro é estreante em Olimpíadas. "Um time que seria absolutamente candidato ao título e que não vai ser é a Sérvia, pois perdeu quatro jogadoras, machucadas", exemplificou o treinador. As remanescentes de Pequim-2008 são Fabi, Paula Pequeno, Fabiana, Jaqueline, Sheilla e Thaísa.

Do outro lado da quadra, a Turquia chega aos Jogos como um time em ascensão no cenário mundial e de um recém terceiro lugar inédito no Grand Prix, encerrado no início de julho. Na última partida, o time perdeu para o Brasil. A equipe é comandada pelo brasileiro Marco Aurélio Motta.