Carlos Nuzman, o prefeito do Rio Eduardo Paes, crianças e atletas no evento de finalização do dossiê da candidatura olímpica do Brasil: ambição do COB de receber os Jogos é o maior alvo de críticas| Foto: Tasso Marcelo/ AE

"Vai ser frustrada". Foi assim, direto e reto, que o Alberto Murray Neto definiu a terceira tentativa do Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Na contramão da euforia das entidades diretamente envolvidas na campanha – além do COB, estão os governos federal, estadual e municipal –, Murray afirma que nos corredores do Comitê Olímpico Internacional (COI) a candidatura brasileira não é nem sequer considerada.

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"O Brasil tem um monte de problemas, não tem base para receber um evento desse porte e nem tem base esportiva para isso", diz, taxativo. Além de membro do COB, Murray Neto é árbitro da Corte Arbitral do Esporte, instância máxima da jurisdição desportiva mundial, sediada na Suíça.

Do outro lado, o secretário-geral da candidatura Rio 2016, Carlos Roberto Osório destaca que o Brasil tem a seu favor o fato do ineditismo da Olimpíada no continente sul-americano. "Estados Unidos, Japão e Espanha já organizaram Jogos. Mas temos um projeto tecnicamente eficiente. O COI tem uma escolha simples a fazer: ou opta por mais do mesmo ou pelo novo", afirma.

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O dirigente destacou que o Brasil é, dos quatro candidatos, o que mais vai se beneficiar se for o escolhido. "Teremos uma transformação através do esporte", diz.

Para tanto, o orçamento inicialmente estimado para realizar a Olimpíada é de R$ 20 bilhões ao longo dos próximos sete anos, como informou o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes. A eleição que definirá a sede dos jogos de 2016 será dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca. Além do Rio, concorrem Chicago, Tóquio e Madri. O Rio já foi candidato para os Jogos de 2004 e 2008, sem passar à fase final da escolha. (AB)

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