Os organizadores da GP2 Ásia anunciaram o cancelamento da etapa do Bahrein da categoria, depois que a repressão aos protestos contra o governo local deixaram quatro mortos nesta quinta-feira. A decisão acontece menos de um mês antes da realização da prova de abertura da Fórmula 1 no circuito de Manama. O GP do Bahrein está marcado para 13 de março e os membros das equipes devem chegar ao País em dez dias, já que testes estão marcados para acontecer em Manama entre 3 e 6 de março.
Inicialmente, apenas as atividades da sexta-feira da GP2 Ásia no Bahrein haviam sido canceladas. "Na sequência dos acontecimentos no Bahrein, a pedido da Federação de Automobilismo do Bahrein, foi decidido que o encontro que deveria acontecer esta semana no Circuito Internacional do Bahrein está cancelado por motivos de força maior", afirmou, em comunicado oficial, os organizadores da GP2 Ásia.
No início desta semana, a Federação Internacional de Automobilismo expressou confiança de que os protestos no Bahrein não vão impedir a realização da corrida da Fórmula 1. "Eu sempre tento não reagir precipitadamente com notícias de última hora. Número um, você tem que verificar qual é a realidade - que nem sempre é o que você ouve - e para reagir sem emoção demais e para enfrentar adequadamente o problema", afirmou Jean Todt, presidente da FIA, ao jornal irlandês Irish Independent.
Nesta quarta-feira, dezenas de veículos blindados da polícia foram usados para reprimir as manifestações na Praça Pérola, no centro de Manama, capital do Bahrein. Os policiais chegaram quando os manifestantes dormiam na praça e usaram gás lacrimogêneo e tiros de borracha. A polícia já havia lançado antes uma violenta ação para retirar manifestantes da área, segundo testemunhas. Os protestos começaram na segunda-feira no Bahrein. Os manifestantes exigem mais democracia e melhorias econômicas, e se inspiram nos levantes ocorridos na Tunísia e no Egito, que terminaram com a renúncia dos líderes desses países.
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