A Fifa anunciou ontem que 109 jogadores que disputaram o Mundial sub-17, entre junho e julho no México, testaram positivo para a substância clembuterol. A entidade, porém, descarta punições por ter "evidências científicas" de que os atletas foram contaminados pela carne consumida durante o torneio de base.
"Não é um caso de doping, mas sim de saúde pública", declarou o médico-chefe da Fifa, Jiri Dvorak, que creditou o problema à prática irregular de produtores mexicanos de utilizar o clembuterol para a engorda do gado. "Foi uma surpresa", emendou ele. As quantidades encontradas nas urinas dos atletas, porém, eram pequenas.
Segundo a Fifa, apenas cinco das 24 seleções que disputaram o Mundial não apresentaram contaminações. A revelação foi feita após o anúncio da Agência Mundial Antidoping (Wada) de que havia retirado o recurso na Corte de Arbitragem do Esporte contra cinco atletas da seleção principal do México, também flagrados com clembuterol durante a Copa Ouro.