O técnico Paulo César Carpegiani fechou novamente o treino para não ouvir reclamações de que trabalhou com um time e jogou com outro| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

No último treino tático antes da partida de amanhã contra o Bo­­­tafogo, no Rio de Janeiro, novamente o técnico Paulo César Car­­pe­­giani não permitiu que a im­­prensa tivesse acesso. Mas não conseguiu esconder a principal informação: é provável que o meia Paulo Baier seja novamente poupado, com o atacante Guerrón entrando em seu lugar.

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O treinador até tentou despistar, afirmando que Baier viajará com o time e que está em dúvida entre Wagner Diniz e Élder Granja na lateral direita. Porém, enquanto o treinamento ocorria, Baier apenas corria em volta do campo, o que dá a entender que o jogador deve ficar no banco de reservas.

Questionado sobre os treinos secretos, que têm virado rotina em vésperas de jogos, Carpegiani deu a entender que está cansado de ouvir que treinou com um time e jo­­gou com outro. "Eu treino, por exemplo, com o Élder Granja, mas depois, de acordo com o adversário, eu saio com o Diniz. Ou vice-versa. Nisso vocês [da imprensa] reclamam que troquei, que foram enganados", justificou o técnico.

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Outro indicativo da ausên­­cia de Baier é que ele foi poupado nas últimas quatro partidas fora de casa. Mesmo assim, o Atlético venceu três vezes. No entanto, como o camisa 10 tem sido decisivo na Arena, especialmente nas bolas paradas, e o jogo de amanhã é um confronto direto pelas primeiras posições, deve viajar.

Os jogadores dizem que o capitão faz falta. "A inteligência do Paulo Baier na bola parada é uma coisa fora do comum", afirmou Maikon Leite. Já o seu companheiro de ataque, Bruno Mi­­neiro, lembra a diferença de atuar com o desfalque do experiente jogador. "Sem ele nós vamos ter de jogar mais rápido. O Paulo é um jogador inteligente. Ele não corre, faz com que a bola corra e chegue até nós. A diferença é essa."

Mithyuê

O meia, que tinha pedido para ser devolvido ao Grêmio, voltou ao Furacão. O Tricolor gaúcho ficou temeroso de utilizar o atleta e ser punido pela CBF, caso ela interpretasse que estaria atuando por um terceiro time no Brasileiro.

Mithyuê espera ter mais oportunidades e confessa que é difícil conviver com o fato do seu empresário ser o filho de Carpegiani. "Eu fico muito constrangido", assumiu o meia, que cumprirá o contrato até o fi­­nal do ano no Ru­­bro-Negro.

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