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Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila" | Divulgação
Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila"| Foto: Divulgação

Interatividade

O que você achou do visual do técnico Dunga no amistoso da seleção brasileira contra a seleção portuguesa, terça-feira, em Londres?

Feio de doerA figura de um treinador de seleção, seja ela qual for, aparece para o mundo todo em jogos internacionais. O Dunga estava simplesmente ridículo com aquela camisa. Primeiro porque o frio era de 2 graus negativos e quando a câmera filmava os torcedores, todos estavam agasalhados e os reservas de Portugal, até cobertores usavam sobre as pernas. Em segundo lugar, a feiura da camisa é de doer. Ouvi dizer que ele quer divulgar o trabalho da filha, que é (ou quer ser) estilista. Mas com uma camisa enfeitada como aquela, a moça deve procurar outra atividade.Newton Almada

CircoCom todo o respeito, o visual do senhor Dunga estava mais para branca de neve e os sete anões que como técnico. Parecia que estava indo para um circo. Apesar de que nosso futebol demonstrou novamente um tremenda palhaçada...Alexandre Stange

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Foi só o técnico Dunga surgir trajado de forma ousada à beira do gramado, no comando da seleção brasileira, para os brasileiros passarem de técnicos de futebol para 188 milhões de estilistas de moda – ou, mais apropriado para a linguagem das arquibancadas, alfaiates metido à besta. Já na estréia dele no cargo contra a Suíça, ano passado, todo mundo palpitou (desancou) em cima da roupa invocada do nosso treinador. E, na terça-feira, frente a Portugal, quando o Brasil foi derrotado por 2 a 0, a polêmica voltou à tona.

Envergando uma camisa considerada no melhor estilo Agostinho, personagem de Pedro Cardoso no programa "A Grande Família", da Rede Globo, Dunga acabou chamando mais atenção que a equipe em campo, desfalcada de suas principais estrelas. Deu munição para os argentinos do diário esportivo Olé afirmarem que o time canarinho passou vergonha dentro e fora das quatro linhas.

Mais uma vez, look preparado pela filha do ex-jogador, Gabriela Verri, 21 anos, estudante de Moda e responsável pelo novo estilo do pai. Mudança radical em comparação à discrição ou até mesmo ao visual "boleirão" de antes, que só não atingiu a cabeça do capitão do tetra, ainda ostentando o penteado espetado "a la Arnold Schwarzenegger em O Exterminador do Futuro". Chocante também se lembrarmos dos últimos ocupantes do posto na seleção. Fora Vanderlei Luxemburgo, sempre aprisionado em ternos caríssimos, os demais, como Luís Felipe Scolari, Zagallo e Carlos Alberto Parreira, optavam pelo vestuário clássico e funcional baseado no agasalho da seleção e tênis "jogging".

Mas, afinal de contas, estarão os torcedores, sabidamente tradicionalistas, e muitas vezes machistas, pegando pesado com o Dunga em virtude da importância do cargo que ele ocupa? Ou, realmente, o técnico anda abusando da cafonice e deve para o bem da pátria incendiar seu guarda-roupa?

A opinião de quem entende do assunto aponta mesmo para o abuso.

"O Dunga, ou a filha dele, está buscando um visual contemporâneo, mas acabou exagerando. Estilo não se muda do dia para a noite", avalia Danielle Britto, editora do caderno Viver Bem, da Gazeta do Povo. Para a jornalista, o técnico deve adotar os ternos bem cortados, adequados para a posição de líder da equipe.

Débora Gaudêncio, consultora de imagem e estilo, também não aprovou o polêmico "new style", especialmente a camisa usada contra os irmãos lusitanos.

"Ficou fora de contexto. Nada a ver com o clima, o ambiente. Ousou demais, ficaria bem numa festa à fantasia", diz.

A temperatura em Londres, local do jogo, beirava os 0 graus, com os jogadores abrigados embaixo de grossos cobertores enquanto o "professor" exibia a camisa escolhida por Gabriela.

Por fim, Dunga tem um alento na opinião de quem trabalha diretamente com o assunto, o empresário e designer de moda Roberto Arad.

"Achei o look da estréia contra a Suíça um pouco sem sal e o de Portugal salgado demais. Mas o importante é que ele ousa", comenta, para em seguida apontar a provável tendência seguida pelo comandante da seleção. "A camisa com esse ar barroco reflete um momento hedonista em que os homens desejam mais prazer e não preocupar-se apenas com o trabalho. Claro que corre o risco de parecer o Bolinha, do Clube do Bolinha. Mas vamos confessar, o Bolinha era divertido, não era?".

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