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Imagine um estádio com capacidade para 11.850 espectadores recebendo 24.303 torcedores. Foi o que aconteceu com o Durival Britto no dia 8/9/68, durante a partida entre Atlético e Santos, pelo Robertão – vitória paranaense por 3 a 2.

Foi o recorde de público da Vila Capanema. Uma marca que não será batida nem mesmo com as ampliações atuais, quando a obra irá abrigar 16.660 pessoas. Partida memorável que ficou marcada por essa invasão – mesmo com astros da seleção brasileira em campo e relatos emocionantes com a bola rolando.

A edição do dia 10 de setembro da Gazeta do Povo, primeira após o duelo, detalhava os motivos para tanta gente na Vila. "Foram pagos 315 locais numerados, 18.558 populares e 765 senhoras, num total de 19.638 pagantes. O número de ingressos livres atingiu o total de 4.665 pessoas", relatava a reportagem, sem esquecer a renda – "a terceira maior do Robertão, com 99.810,00 novos cruzeiros". Tem mais: apenas oito catracas foram disponibilizadas para o acesso dos fãs.

"Realmente tinha muita, mas muita gente", assegura Nílson Borges, ponta-esquerda atleticano no memorável desafio. "Mostrou a força da nossa torcida", emenda ele, hoje, aos 65 anos, auxiliar técnico do Furacão. "Praticamente atropelamos a melhor equipe que existia. Quando a gente viu aquela massa recebemos um incentivo extra."

O Peixe não contou com Pelé, que era esperado para um duelo particular com o zagueiro Bellini.

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