A Série B, definitivamente, faz muito mal ao Paraná. Além do prejuízo técnico de ver de longe os principais times do país duelarem na Primeira Divisão, o Tricolor tem de conviver com partidas deficitárias.
A baixa presença de público na Vila Capanema fez com que em sete dos 18 jogos ou 38% do time em casa até o momento na competição terminassem com o borderô no vermelho de acordo com a CBF. Ou seja, o clube pagou para entrar em campo. Segundo a diretoria paranista, a despesa apenas para abrir o estádio é de cerca de R$ 30 mil. Estão inclusos gastos com bilheteria, segurança, iluminação, portaria e supervisão.
Os jogos contra Salgueiro, Boa Esporte, Náutico, ASA, Goiás, São Caetano e Guarani trouxeram prejuízos entre RS 10 mil e R$ 19 mil para os já combalidos cofres do clube. "Nunca abrimos o estádio achando que vamos ter prejuízo, mas fizemos muitas promoções de meio-ingresso e isso acabou derrubando os lucros", explicou Luis Carlos Casagrande, eleito segundo vice-presidente do clube.
Até o momento, faltando ainda um duelo em casa pelo Nacional (contra o Bragantino, no dia 26), o Tricolor não teve lucro líquido superior a R$ 50 mil em nenhum jogo. Somadas as receitas com bilheteria em todo o campeonato, o ganho foi de apenas R$ 245 mil. Pouco para sustentar os gastos do futebol, que neste ano devem bater na casa dos R$ 15 milhões de acordo com os dirigentes.
Apenas como comparação, somente a arrecadação líquida do jogo entre Coritiba e Corinthians, no início de setembro, foi de R$ 144 mil, mais do que a metade da arrecadação total paranista.
Mesmo com um contingente próximo a 7.400 sócios-torcedores (dados do mês de agosto), a média de público do Paraná é de 3.758 torcedores por partida, inferior à do campeonato, que é de 5.610.
O recorde de torcedores no Durival Britto neste ano foi contra a Ponte Preta, em julho, na 13.ª rodada. Naquele jogo, 9.045 pessoas assistiram ao revés do Tricolor por 1 a 0. A derrota decretou a queda de rendimento da equipe, que também se refletiu nos borderôs.
Nesta parte final de Série B, com o time lutando contra o rebaixamento, as arquibancadas ficaram ainda mais vazias. Contra ASA, Guarani e São Caetano, por exemplo, o Paraná contou com menos de 2 mil torcedores apoiando o time.
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